quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Uma aproximação entre romantismo inglês e heavy metal da Finlândia.

Quem imaginaria que houvesse similaridades entre um poema do século XIX e uma canção de Heavy Metal contemporâneo? Eu.

Em Ode a um Rouxinol, poema escrito em 1817, John Keats descreve o que para ele é a busca pelo seu ideal artístico (o dele mesmo). Através de metáforas, Keats conta o que passa pela cabeça de um poeta em momento de devaneio. E considerando isso, para mim é notável o número de relações se pode fazer comparando o dito poema com a canção “The Escapist”, da banda finlandesa Nightwish, liderada pelo compositor Tuomas Holopainen (autor de todas as músicas).

Ambos os autores utilizaram a figura do Rouxinol em suas obras, e foi esse o elo inicial que me levou a tamanhas comparações.

O Poema e a Letra

Pertencente ao grupo dos poetas românticos ingleses, John Keats descreve em Ode a um Rouxinol o devaneio de um poeta (seu eu-lírico) em busca de inspiração para compor sua obra. Essa inspiração é despertada depois de o poeta ouvir o canto de um Rouxinol na primeira estrofe, onde vemos o poeta em meio à dor e à alegria. A dor do mundo real, e alegria do mundo imaginário, mundo de sonhos:

My heart aches, and a drowsy numbness pains

My sense, as though of hemlock I had drunk,

Or emptied some dull opiate to the drains

One minute past, and Lethe-wards had sunk:

’Tis not through envy of thy happy lot,

But being too happy in thine happiness,-

That thou, light-winged Dryad of the trees,

In some melodious plot

Of beechen green, and shadows numberless,

Singest of summer in full-throated ease

Em comparação, na primeira estrofe de ‘The Escapist’:

Who’s there knocking at my window?
The Owl and the Dead Boy
This night whispers my name
All the dying children

A primeira frase já é um exemplo perfeito da relação entre as duas obras. Enquanto no poema o poeta está entrando em contato com a fantasia provocada pelo canto do Rouxinol-real, na canção é o Rouxinol-símbolo quem está falando (‘quem está aí está batendo em minha janela?’). Ou seja, é o poeta quem está batendo na janela do Rouxinol-símbolo. ‘Está noite sussurram meu nome’ reforça a idéia inicial: alguém está chamando o Rouxinol, alguém está invocando inspiração.

A expressão ‘Dead Boy’ eu não tinha percebido antes, mas logo me dei conta ser uma referência a outra canção de Holopainen: “Dead Boy’s Poem”. O autor afirma que tudo o que ele tinha a dizer sobre o mundo está na letra dessa música. Assim, é fácil constatar que ‘Dead Boy’ seria o eu-lírico do próprio Holopainen. Logo, sua menção em “The Escapist” é mais um indício de que o Rouxinol estaria sendo chamado por um poeta (Holopainen é considerado O Poeta do Heavy Metal). *A letra de “Dead Boy’s Poem” está anexa no final do texto.

‘Dying childrem’ pode ser uma referência à citação de Ruth na penúltima estrofe do poema (chegaremos lá). E é interessante notar que no poema o poeta está na passagem do verão para a primavera, e na canção estamos na passagem do outono para o inverno, como é possível de contatar nas duas primeiras palavras na segunda estrofe da letra:

Virgin snow beneath my feet
Painting the world in white
I tread the way and lose myself into a tale

Indo mais além, podemos interpretar a ‘neve virgem’ como sendo uma alusão aos pensamentos do poeta. É novo material para que o Rouxinol possa trabalhar. Nos dois próximos versos isso fica mais claro, pois em um está se falando em pintar o mundo de branco com a neve, e no outro em ‘se perder em um conto’. O ‘conto’ aí mencionado eu acredito que seja uma referência à mente do poeta. O Rouxinol vai se perder pelos pensamentos do poeta, ao passo que esse o usa como inspiração.

Ligando o final da segunda estrofe¹ com o começo da terceira² através da dupla utilização da palavra ‘fade’, Keats já indica que o poeta está começando a mergulhar na fantasia promovida pelo Rouxinol

¹And with thee fade away into the forest dim:

²Fade far away, dissolve, and quite forget

A própria pontuação já deixa isso evidente. Os dois pontos referem à continuação de uma idéia. ‘Fade’, assim como ‘dissolve’, também pode dar a idéia de incerteza. A sonoridade das palavras em inglês é quase como um sussurro. Essa incerteza, no entanto, está relacionada com a vontade do poeta em continuar na fantasia. Literalmente, ele quer desaparecer ‘em uma remota floresta/ sumir para bem distante, até esquecer completamente’ a angústia de ser um homem (ser, não gênero).

Agora na terceira estrofe¹ e no refrão de “The Escapist”:

¹Come hell or high water
My search will go on
Clayborn Voyage without an end

²A nightingale in a golden cage
That’s me locked inside reality’s maze
Come someone make my heavy heart light
Come undone bring me back to life

A nightingale in a golden cage
That’s me locked inside reality’s maze
Come someone make my heavy heart light
It all starts with a lullaby

De modo inverso, podemos ver o Rouxinol prometendo que, não importa o que acontecer, ele continuará sua busca. A busca sendo, no caso, a busca pela liberdade. Como explicitamente mostrado no refrão, o Rouxinol está ‘preso no labirinto da realidade’. ‘Someone’ seria referência ao poeta. O Rouxinol quer ser resgatado pelo poeta, e o poeta quer o resgatar. ‘Come undone’ significa que o poeta é para vir desfeito, ou seja, ele deve se desligar do seu mundo, e dar vida ao Rouxinol (‘bring me back to life’) - a sensação de sussurro, de fazer silêncio, de se desligar, vista na palavra ‘fade’ de novo se aplica aqui. Algo ainda mais visível no último verso do refrão: ‘It all starts with a lullaby’. ‘Lullaby’ literalmente quer dizer ‘canção de ninar’. O bom senso dita que canções de ninar são cantadas em voz baixa, em sussurros. Ao mesmo tempo, com essa frase, o Rouxinol se refere ao canto que do rouxinol-real que o poeta ouviu. Afinal, foi deste modo que o poeta chegou até a ‘janela’ do Rouxinol-símbolo. Também é curioso notar que a relação de idealização entre o Poeta e o Rouxinol é um paradoxo. O primeiro quer se livrar do mundo real e ir ao mundo de fantasia, e o Rouxinol quer se livrar do seu próprio mundo, que é para o poeta o destino desejado.

Já ‘Clayborn voyage without an end’, considerando a referência bíblica (Ruth) mais adiante no poema, pode se referir a insignificância da vida humana. Não só a cultura judaico-cristã, como outras, há na argila um forte simbolismo. Focando na Bíblia, até onde sei, Adão foi feito de argila. Logo, ‘Clayborn voyage’ pode se referir à jornada de vida do Humano, enquanto que ‘without an end’ pode significar dois conceitos diferentes: ou remete à já dita insignificância da vida humana (vai acabar um dia, então para que continuar vivo?); ou, justamente ou contrário, com ‘without an end’ o Rouxinol pode estar dizendo que ainda há muitos mistérios que a humanidade ainda não descobriu sobre si mesma.

Então, uma vez se desligando da realidade, na quarta estrofe o poeta finalmente se entrega à fantasia:

Away! away! for I will fly to thee,

Not charioted by Bacchus and his pards,

But on the viewless wings of Poesy,

Though the dull brain perplexes and retards:

Already with thee! tender is the night,

And haply the Queen-Moon is on her throne,

Cluster’d around by all her starry Fays;

But here there is no light,

Save what from heaven is with the breezes blown

Through verdurous glooms and winding mossy ways.

Entre outras constatações, o poeta fala que, depois de se juntar ao Rouxinol, está em um lugar escuro. A escuridão pode ser interpretada de duas formas. Um lugar sem luz sempre nos dá medo. Temos medo do desconhecido. Por outro lado, principalmente considerando o contexto do Romantismo em que Ode a um Rouxinol está incluído, a Noite é encarada de forma idealizada, romântica mesmo (ligado ao desejo de Morte ideal dos poetas da época). Assim, a escuridão em que se encontra o poeta é ambígua. Pode representar tanto o Desconhecido que amedronta, quanto aquele que fascina. A evocação da Noite remete à primeira estrofe da canção, em que o Rouxinol diz ‘This night whispers my name’.

Além disso o primeiro verso dessa quarta estrofe do poema rima completamente com o último da quarta estrofe da canção (coincidência serem ambas a quarta estrofe?):

Journey homeward bound
The sound of a dolphin calling
Tearing off the mask of man
The Tower my sole guide
This is who I am
The Escapist, paradise seeker
Farewell now time to fly
Out of sight, out of time, away from all lies

O poeta exclama ‘Away! Away! For I will fly to thee’, ao passo que o Rouxinol canta ‘Now time to fly/ Out of sight, out of time, away from all lies’.

Ainda na canção, é possível fazer várias interpretações. ‘Journey homeward’ é uma curiosa escolha de palavras. O Rouxinol canta como se quisesse voltar para casa. De certa forma isso vai contra a construção interpretativa feita até agora, de que o Rouxinol queria ir embora de seu lar. Porém, isso não invalida nada da relação feita entre Ode a um Rouxinol e “The Escapist”. Deste modo, podemos ter uma idéia mais clara da citação ‘Lethe-wards had sunk’ na primeira estrofe do poema. ‘Lethe’ é um dos rios que passam pelo submundo da mitologia grega, o reino do deus dos mortos, Hades. Então, a conclusão que tiro disso é a seguinte: o Rouxinol representa a inspiração do poeta. Na primeira e na segunda estrofe vemos que o poeta chega até o Rouxinol-símbolo através da bebida. Some a isso a citação do rio ‘Lethe’, e veja na canção que o Rouxinol está cantando que se encontra em uma gaiola dourada (‘preso no labirinto da realidade’), e não creio que seja ilógico imaginar que o poeta estava há tempos sem inspiração. Por quê? Por que o Rouxinol é a inspiração daquele poeta. O pássaro não significa a inspiração dos poetas, dos artistas, e sim a inspiração só daquele poeta, daquele artista. Ligando os pontos, é isso que eu consigo montar na minha cabeça. Keats fala de um poeta que estava há muito tempo sem escrever, e por isso bebia. Bebia para tentar se encontrar com sua inspiração novamente. No entanto, a bebida apenas atrapalhava o processo. Tanto é que foi somente após acordar da embriaguez que o poeta começou a divagar. Ele foi desperto por um rouxinol que cantava ali perto, no que começou a se referir à Inspiração como na forma de um Rouxinol.

Dessa forma, a comparação entre Ode a um Rouxinol e “The Escapist” se enriquece ainda mais, pois se torna dupla. O Rouxinol tanto representa Inspiração, quanto a Morte. No último verso da primeira estrofe do poema, Keats fala que o Rouxinol canta de forma tranquila, doce (‘Singest of summer in full-throated ease’). E no segundo verso da sexta estrofe, ele se refere à Morte como algo tranquilo (‘I have been half in love with easeful Death’). Tal dualidade é comprovável, uma vez que Keats se afastou da Poesia durante uma fase de sua vida, justamente por se ver consumido por ela.

Voltando à música. A menção ao golfinho (‘dolphin calling’) pode ser quanto ao desejo do Rouxinol de liberdade, visto que o golfinho é geralmente relacionado à harmonia, natureza. ‘Tearing of the mask of man’ é mais uma alusão a fazer o poeta sair da realidade e entrar na fantasia. ‘The Tower’ eu não sabia o que poderia significar, até que descobri que, no Tarô, a carta da Torre representa mudança ou desastre. Podemos, de novo, ver uma referência dupla. O desastre seria a morte do poeta; a mudança, a volta da inspiração. ‘The Escapist’ remete diretamente a uma característica do Romantismo. Alívio, distração, fuga da realidade através de devaneios. O que mais estaria fazendo o poeta de Ode a um Rouxinol se não sendo um Escapista? ‘Paradise seeker’ só fortalece a idéia.

Seguindo no poema, na estrofe seis o poeta se dá conta das consequências da morte:

Darkling I listen; and, for many a time

I have been half in love with easeful Death,

Call’d him soft names in many a mused rhyme,

To take into the air my quiet breath;

Now more than ever seems it rich to die,

To cease upon the midnight with no pain,

While thou art pouring forth thy soul abroad

In such an ecstasy!

Still wouldst thou sing, and I have ears in vain

To thy high requiem become a sod.

O ‘alto réquiem’ se torna um ‘gramado’. A emoção contagiante (‘ecstasy’) não mais tem o mesmo efeito. E lembrando que réquiem é uma peça musical tendo a Morte como temática, fica evidente que o poeta não quer morrer.

Na sétima estrofe ele se despede do Rouxinol enquanto representação da Morte, e finalmente chegamos às citações bíblicas:

Thou wast not born for death, immortal Bird!

No hungry generations tread thee down;

The voice I hear this passing night was heard

In ancient days by emperor and clown:

Perhaps the self-same song that found a path

Through the sad heart of Ruth, when, sick for home,

She stood in tears amid the alien corn;

The same that oft-times hath

Charm’d magic casements, opening on the foam

Of perilous seas, in faery lands forlorn.

Se na estrofe seis o poeta começa a se dar conta das consequências de morrer, aqui na estrofe sete ele decididamente dá adeus ao Rouxinol, alegando o canto do mesmo ser inalcançável para homens. Entre outras citações para enfatizar a distância do Rouxinol, o poeta fala ‘Through the sad heart of Ruth’. Ruth é a tal personagem bíblica que, aliás, dá nome um dos livros do Antigo Testamento, e, literalmente significa ‘alegria’. Logo, Ruth pode ser relacionada à primeira estrofe de “The Escapist”: “All the dying childrem”. Mas é claro que para isso acontecer é necessário entender o contexto em que a personagem de Ruth se encontra na Bíblia. Devido à falta de comida, ele fugiu de casa. Ou seja, ela precisava de ajuda. Da mesma forma que o poeta precisava de ajuda no início do poema (onde estava a Inspiração?), igualmente ao próprio Rouxinol, que lamenta sua solidão.

(Evocando a superinterpretação, o fato da história contada no Livro de Ruth se passar no período dos Juízes em Israel poderia ser talvez relacionado à Crítica da Faculdade do Juízo de Kant, mas eu definitivamente não me arrisco).


Enfim, chegamos na oitava e última estrofe, em que o poeta acorda de seu devaneio:

Forlorn! the very word is like a bell

To toil me back from thee to my sole self!

Adieu! the fancy cannot cheat so well

As she is fam’d to do, deceiving elf.

Adieu! adieu! thy plaintive anthem fades

Past the near meadows, over the still stream,

Up the hill-side; and now ’tis buried deep

In the next valley-glades:

Was it a vision, or a waking dream?

Fled is that music: - Do I wake or sleep?

Detalhe relevante é a utilização da palavra ‘forlorn’. Se Keats repetia ‘fade’ nas estrofes dois e três para continuar a mesma linha de pensamento, aqui nas estrofes sete e oito ele faz justamente o contrário. Primeiro ‘forlorn’ quer dizer ‘esquecimento’, e depois ‘desespero’. Mais uma entre tantas dualidades presentes no poema. Keats enche Ode a um Rouxinol de contrastes: Vida e Morte, Alegria e Sofrimento, Efêmero e Eterno... E comparando a canção e o poema é possível notar outro contraste: Inverno e Verão. Simbólicos, claro, representando os dois universos distintos do poeta.

O Poema e a Música

Agora, uma última análise em cima da estrutura e da musicalidade instrumental da canção.

Até os 48 segundos, o volume do som e a complexidade do solo do violino vão aumentando lentamente. O que ouvimos é o despertar do Poeta.

Dos 49 segundos até 1min14seg começa a melodia que irá se repetir várias vezes ao longo da música. É o poeta adentrando no mundo de sonhos. Basta fechar os olhos e se imaginar sendo levado pela música.

1min15seg até 1min28seg: primeira estrofe. É a inspiração do poeta sendo fomentada. O despertar do Rouxinol.

1min29seg até 1min41seg: repete a melodia inicial. É o poeta entrando ainda mais no mundo dos sonhos.

1min42seg até 2min06seg: segunda e terceira estrofes, com o fundo musical aumentando devagar, para enfim estourar no refrão que vem logo a seguir.

2min08seg até 2min35seg: refrão. É o Rouxinol clamando para ser libertado. É o poeta entrando em êxtase criativo.

2min36seg até 3min05seg: intervalo instrumental. Aqui percebemos, bem como acontece com o teclado nos primeiros segundos de música, uma alternância de ordem nos acordes. Ora seguem uma linha rítmica linear, ora abrem em um crescendo. Acontece duas vezes, e na segunda esse crescendo acaba iniciando a quarta estrofe da música.

3min06seg até 3min32seg: quarta estrofe. Nota-se que a vocalista canta de modo muito mais devotado à música que até então, ela se entrega. O poeta se desliga da realidade, e é a vez do Rouxinol entrar em êxtase.

3min33seg até 3min37seg: instrumental. Breve anúncio do despertar do poeta.

3min38seg até 3min44seg: a vocalista canta os dois primeiros versos do refrão começando bem baixinho e terminando bem alto, já emendando o refrão todo novamente.

3min45seg até 4min39seg: repetição do refrão. Agora o refrão é repetido duas vezes, e no final da segunda vez ele é sobreposto em duas vozes. O poeta está despertando para a realidade, o Rouxinol faz de tudo para não ser esquecido, daí a repetição do refrão. A sobreposição de vozes no final simboliza bem o despertar do poeta, pois sua imaginação começa a ficar confusa.

4min40seg até o final: instrumental que contrapõem duas notas, como na introdução, representando a dualidade presente em todo o poema de Keats.

Considerações Finais

Através da explanação de várias passagens tanto do poema de John Keats, quanto da canção de Tuomas Holopainen, creio ter conseguido firmar relevantes pontos em comum entre as duas obras. Keats conta sobre um poeta que buscava sua inspiração. Mas diferente do modo mais convencional de interpretar Ode a um Rouxinol, que toma os versos de Keats como que descrevendo a arte em si, eu vejo o poeta falando de sua própria inspiração. No caso, a busca pelo seu ideal artístico (o ideal de Keats e de mais nenhum), e não uma visão da ‘busca pelo belo’ de modo geral. Completando o quadro, através da minha interpretação, a letra de Holopainen mostra justamente a ‘inspiração buscando um criador’.

Analisada separadamente, “The Escapist” também pode perfeitamente falar de um poeta buscando sua inspiração, como em Ode a um Rouxinol. Porém, botando uma obra ao lado da outra, é fascinante o quanto se completam.

Bibliografia online:

http://www.bartleby.com/101/624.html

http://www.john-keats.com/

http://www.megaessays.com/viewpaper/85703.html

http://mural.uv.es/ewilcan/keatsodes

http://www.online-literature.com/

*Esse texto foi meu trabalho para a conclusão da nota final da disciplina eletiva de Literatura Comparada que cursei no primeiro semestre de 2010. Tirei a nota máxima.

Fênix

Morre e renasce das cinzas.