Neste conto, tirando o fato do protagonista ter um amigo chamado James, odiar anões, não suportar o hábito dos outros de palitar os dentes, e estar intrigado com um de seus vizinhos, nada pode ser dito com toda certeza. Concretamente, sabe-se quase apenas isso.
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Partindo da premissa do conto – dada pelo título: O Moço do Saxofone – seguimos o protagonista que deseja descobrir por que esse tal ‘moço’ está sempre tocando o tristonho saxofone. Descobrimos então, através da narração do próprio protagonista, que esse ‘Moço do Saxofone’ é casado, mas dorme em quarto separado da mulher - o que é a causa ou conseqüência do fato dela traí-lo.
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Partindo da premissa do conto – dada pelo título: O Moço do Saxofone – seguimos o protagonista que deseja descobrir por que esse tal ‘moço’ está sempre tocando o tristonho saxofone. Descobrimos então, através da narração do próprio protagonista, que esse ‘Moço do Saxofone’ é casado, mas dorme em quarto separado da mulher - o que é a causa ou conseqüência do fato dela traí-lo.
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Eis então que nosso protagonista percebe que ‘O Moço do Saxofone’ só toca o instrumento quando a mulher está com um amante – fato que ocorria bastante. Decidido a saber o que acontece entre o casal, ele marca uma noite com a mulher do sujeito. Pois então que quando é chegada a hora, ele erra a porta e abre a do quarto do ‘Moço’. Ao vê-lo, oferece um cigarro; o outro diz que não fuma (“Obrigado. Não posso fumar.”). Indignado, antes de sair do quarto, pergunta ao ‘Moço’ por que ele não faz nada, por que só fica quieto. Eis que o ‘Moço‘ responde: “Eu toco saxofone”. E, como transparece pela sua atitude de sair porta fora, não para o quarto da mulher, mas para embora apartamento, nosso protagonista acaba se sentindo enojado com a calma do (aparentemente) demasiado passível ‘Moço do Saxofone.
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Mesmo relendo o conto, não foi possível encontrar algo que explique melhor seu conteúdo. É preciso fazê-lo mais de uma vez. E mesmo assim, o mais próximo que consigo chegar é desconfiar que o ódio do protagonista aos anões e ao ato de palitar os dentes não é uma informação gratuita – ela deve servir para alguma interpretação. Assim como a resposta d’O Moço do Saxofone: “...Não posso fumar.”. Notem que ele não diz que não fuma, ou que não quer, ele diz que não pode fumar.
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Mais uma vez, Lygia Fagundes Telles dá ao leitor a decisão final sobre o que acontece na história.
Um comentário:
Nossa! Seu blog caiu do céu!
Eu estava procurando este conto, pois não tenho o livro da Lígia Fagundes, e não tinha como fazer o meu trabalho a respeito do Moço do Saxofone.
Excelente!
Obrigada!
Da Paz
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