quinta-feira, 14 de maio de 2009

Economia e a Propaganda

Aderindo ao "Efeito Manada", ou pasteurização do blog, resolvi me arriscar a falar de publicidade, propaganta, classes, Xuxa, Michael Jackson, etc. (risos)

Partindo do pressuposto que o Ser Humano é um ser vivo, ele necessita, para sua sobrevivência em meio à natureza, manter suas células vivas. Aquela história de ATP. Oxigênio nós temos de sobra na atmosfera, porém o resto é "te vira nos trinta". Frutas, raízes, brotos, carne, cereais: está aí a base da nossa existência. A Primeira Economia é que sustenta a humanidade. Isso é um fato. Certo? Não? Você leitor, faz fotossíntese?

Se não faz, pra não morrer em meio à natureza, isso é outro fato, temos, nós seres humanos, que trabalhar para manter esta economia funcionando. Se acabam os alimentos a espécie humana vai fazer companhia pro Dodô e pros Mamutes. Extinção. Isso tudo é muito simples.

Bem, a partir do momento em que existe a produção primária, surgem setores econômicos exclusivamente humanos, como a indústria. Aí que entra a propaganda e publicidade.
Não nego a existência de um grande comércio sobre o primeiro setor, mas eu nunca vi um OutDoor de uma Corporação de Soja oferendo promoções do tipo "Liquidação de Silos!! Aproveita que a temporada foi boa!! No cartão em 7x sem juros!! Depois é so pegar os Contêiners no cais!! "

Enfim, é com os produtos industriais que surge a propaganda que agente conheçe.
Com a indústria e com o Latifúndio. Claro, já que veio a indústria, vieram as máquinas e a galera que trabalhava no campo foi subtituída por tratores e etc. Como a propriedade da terra é alegada a poucos - porém bem armados- não sobra muito lugar no interior para uma massa de trabalhadores.

O que eu sei é que durante o século XX, aqui no Brasil, ouve uma inversão de população. Exôdo rural. Literalmente enchotados das fazendas, um contigente enorme passou a habitar as cidades e trabalhar onde? Na mesma indústria que expulsou eles de onde vieram. E a primeira economia está nas mãos de máquinas.

Inicialmente, a indústria no Brasil significou derreter ferro em caldeiras gigantes, furar o solo do Atlântico e outras atividades nada muito publicáveis. Indústria de base. Base pra que? Para a nova indústria, ou a indústria do 1º mundo.

E essa nova indústria faz os tais produtos industrias. Enquanto não houver automação total da cadeia produtiva, todos estes produtos industrializados dependem unicamente de trabalhadores. E não só os da fábrica, como no modelo fordista do pós-Guerra, mas de uma rede de trabalhadores e operários difusa e muito tercerizada, agora na nossa era pós-fordista e neo-liberal ( pelo menos estamos na sombra desta era).

Agora, em pausa, verifica-se que a produção deve ser consumida. Quem irá consumir toda aquele monte de produtos? A população, a massa, ou seja, os próprios trabalhadores!!
Esta estrutura, no século XX, chamava-se Estado de Bem-Estar-Social, o qual o governo intervinha na economia e distribuia a produção e renda de maneira regulada e modelada na sociedade.

Agora no século XXI, essa estrutura deixou de existir pois novos mercados foram abertos ( mais pessoas expulsas da primeira economia) como no Sudeste Asiático, Extremo oriente e América Latina. Vivemos em um Profit State, Estado-Empresa que apenas gerencia a atividade econômica em prol do interesse puramente privado. Em resumo, neo-liberalismo.

Neste contexto de economia confusa e difusa, tercerizações e capital informacional, o terreno é perfeito para a criatividade artística e bem paga do publicitário.

Entretanto, sem gente trabalhando, sem produto. Sem produto, sem propaganda.








Um comentário:

O Homem Bom disse...

"Estado de Bem-Estar-Social,", Iporã, esse estado é sem o E maiúsculo, pois indica um modo e não uma organização política.