domingo, 21 de dezembro de 2008
Oscar 2009 - Melhores Efeitos Visuais: 'Semi-semi-finalistas'
Para quem não se deu ao trabalho de ler minha última postagem, botei minha nota ao lado de todos os filmes selecionados (a exceção dos que não assisti)
Obs: os links (seguros) são do site (muito bom, devo dizer) http://www.cinemaemcena.com.br/
Tirei de lá a notícia, e recomendo as críticas de Pablo Villaça.
Austrália (não chegou ao Brasil)
As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (não vi)
Cloverfield - Monstro (*)
O Curioso Caso de Benjamin Button (não chegou ao Brasil)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (*****)
O Dia em que a Terra Parou (não chegou ao Brasil)
Hancock (não vi)
Hellboy II - O Exército Dourado (não vi)
O Incrível Hulk (****)
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (****)
Homem de Ferro (*****)
Viagem ao Centro da Terra - O Filme (não vi)
A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (não vi)
007 - Quantum of Solace (***)
As Crônicas de Spiderwick (não vi)
Fico intrigado como o fato de 'Speed Racer' não estar na lista (hum...). 'O Procurado' também parece fazer falta.
Bom, seis eu não vi e três ainda não estreiaram no Brasil, sobrando apenas seis produções para eu comentar. Comentar não é bem o termo correto, vou apenas dar uma nota de 1 a 5 para os efeitos dos longas aos quais eu assisti.
Cloverfield - ***
Batman: O Cavaleiro das Trevas - ****
O Incrível Hulk - *****
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal - *****
Homem de Ferro - *****
007 - Quantum of Solace - ***
Ah, eis os sete que eu acredito que estarão na lista dos semi-finalistas (sem ordem/ e me concedo o direito de chutar um oitavo filme):
As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian
Batman: O Cavaleiro das Trevas
Hancock
Hellboy II - O Exército Dourado
O Incrível Hulk
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Homem de Ferro
A Múmia: Tumba do Imperador Dragão
Veremos minha porcentagem de acertos.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Filmes 2008!
Top 10 de 2006 no Brasil
01. O Grande Truque
02. Munique
03. Piratas do Caribe: O Baú da Morte
04. Xeque-Mate
05. V de Vingança
06. Syriana
07. Filhos da Esperança
08. Missão Impossível III
09. 007 Casino Royale
10. E Se Fosse Versade
No ano passado, repeti o feito.
Top 10 de 2007 no Brasil
01. Ventos da Liberdade
02. Bobby
03. O Ultimato Bourne
04. Diamante de Sangue
05. Zodíaco
06. Tropa de Elite
07. Justiça a Qualquer Preço
08. Um Crime de Mestre
09. Perfume - A História de um Assassino
10. Piratas do Caribe – No Fim do Mundo
Só que, influenciado por familiares e inspirado em um grande crítico de cinema, passei a também anotar todos os filmes que via. De início, em uma agenda, eu anotava tudo: titilo original, pontos altos e baixos, a mídia (DVD, Cinema...), o dia e o horário em que assisti ao filme, e uma nota de 1 a 5. Obviamente que isso não durou muito tempo. Cansei de tanto empenho. Fiquei quase um mês parado. De repente, fui ao computador e escrevi todos os filmes que tinha visto nesse intervalo. Agora sem constar o horário, e os pontos altos e baixos. Finalizei 2007 tendo visto 187 filmes! Fiquei extremamente surpreso! 187 filmes?! É muita coisa! Mas, aparentemente não contente em ter visto essa quantidade de filmes (sendo 70 deles no cinema!), resolvi fazer a minha versão do Oscar. Simples, são praticamente as mesmas categorias e mais outras, só que sou eu quem escolhe os indicados e os vencedores. É o máximo! Foi muito divertido.
2008 não foi diferente.
Top 10 de 2008 no Brasil
01. Batman: O Cavaleiro das Trevas
02. Ensaio Sobre a Cegueira
03. Apenas Uma Vez
04. Desejo e Reparação
05. O Escafandro e a Borboleta
06. Wall-E
07. Senhores do Crime
08. Os Indomáveis
10. Homem de Ferro
Ghuyer Awards 2008
Obs: não desmerecendo outros títulos nesta disputa, assim como na lista dos 10 melhores do ano, aqui concorrem somente os filme eu vi. Podendo haver desfalques não por eu não considerar tal filme menos capaz, e sim pelo fato de eu não tê-lo visto; o vencedor está em vermelho.
Melhores Efeitos Visuais
- Homem de Ferro
- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
- Speed Racer
- O Incrível Hulk
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
Melhor Som
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Onde os Fracos Não Têm Vez
- Os Indomáveis
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- Wall-E
Melhor Maquiagem
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Piaf: Um Hino ao Amor
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- O Escafandro e a Borboleta
- Jogos Mortais 5
Melhor Trilha Sonora
- Desejo e Reparação (Dario Marianelli)
- Os Indomáveis (Marco Beltrami)
- Batman: O Cavaleiro das Trevas (Hans Zimmer & James Newton Howard)
- Kung Fu Panda (Hans Zimmer & John Powell)
- Wall-E (Thomas Newman)
Melhor Canção
- “Happy Working Song”, de Alan Menkel & Stephen Swartz (Encantada)
- “Falling Slowly”, de Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
- “Lies”, de Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
- “When You’re Mind is Made Up”, de Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
- “Down to Earth”, de Peter Gabriel & Thomas Newman (Wall-E)
Melhor Montagem
- Desejo e Reparação
- O Suspeito
- Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- O Escafandro e a Borboleta
Melhor Figurino
- Desejo e Reparação
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Os Indomáveis
- Homem de Ferro
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
Melhor Fotografia
- Desejo e Reparação (Seamus McGarvey)
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Dariusz Wolski)
- O Escafandro e a Borboleta (Janusz Kaminski)
- Ensaio Sobre a Cegueira (César Charlone)
- Não Estou Lá (Edward Lachman)
Melhor Direção de Arte
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Sangue Negro
- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- Ensaio Sobre a Cegueira
Melhor Roteiro Adaptado
- Desejo e Reparação (Christopher Hampton)
- Sangue Negro (Paul Thomas Anderson)
- Batman: O Cavaleiro das Trevas (Christopher & Jonathan Nolan)
- O Escafandro e a Borboleta (Ronald Harwood)
- Ensaio Sobre a Cegueira (Don McKellar)
Melhor Roteiro Original
- O Suspeito (Kelley Sane)
- Senhores do Crime (Steven Knight)
- A Vida dos Outros (Florian Henckel Von Donnesmarck)
- Wall-E (Andrew Stanton)
- Apenas Uma Vez (John Carney)
Revelação
- John Carney, Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
Melhor Atriz Coadjuvante
- Keira Knightley (Desejo e Reparação)
- Meryl Streep (O Suspeito)
- Laura Vasiliu (4 meses, 3 semanas e 3 dias)
- Marcia Gay Harder (O Nevoeiro)
- Cate Blanchet (Não Estou Lá)
Melhor Ator Coadjuvante
- Russell Crowe (Os Indomáveis)
- Colin Farrell (Sonho de Cassandra)
- Aaron Eckhart (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Heath Ledger (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Brad Pitt (Queime Depois de Ler)
Melhor Atriz
- Amy Adams (Encantada)
- Ellen Page (Juno)
- Marion Cotillard (Piaf: Um Hino ao Amor)
- Julianne Moore (Ensaio Sobre a Cegueira)
- Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
Melhor Ator
- Johnny Depp (Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet)
- Daniel Day-Lewis (Sangue Negro)
- Viggo Mortensen (Senhores do Crime)
- Christian Bale (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Mathieu Almaric (O Escafandro e a Borboleta)
Melhor Elenco
- Desejo e Reparação
- Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- Ensaio Sobre a Cegueira
- Não Estou Lá
Melhor Diretor
- Joe Wright (Desejo e Reparação)
- Christopher Nolan (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Julian Schnabel (O Escafandro e a Borboleta)
- Fernando Meirelles (Ensaio Sobre a Cegueira)
- John Carney (Apenas Uma Vez)
Melhor Filme
- Desejo e Reparação
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- O Escafandro e a Borboleta
- Ensaio Sobre a Cegueira
- Apenas Uma Vez
Distribuição das Indicações
14 – Batman: O Cavaleiro das Trevas
9 – Desejo e Reparação
7 – Apenas Uma Vez/ O Escafandro e a Borboleta/ Ensaio Sobre a Cegueira
6 – Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
4 – Os Indomáveis/ Wall-E
3 – Não Estou Lá/ Sangue Negro/ O Suspeito
2 – Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto/ Senhores do Crime/ Encantada/ Piaf: Um Hino ao Amor/ Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal/ Homem de Ferro
1 – Juno/ Sonho de Cassandra/ Queime Depois de Ler/ 4 meses, 3 semanas e 2 dias/ O Nevoeiro/ A Vida dos Outros/ Kung Fu Panda/ Jogos Mortais 5/ Onde os Fracos Não Têm Vez/ Speed Racer/ O Incrível Hulk
Relação dos Vencedores
9 – Batman: O Cavaleiro das Trevas
3 – Desejo e Reparação
2 – Piaf: Um Hino ao Amor/ Apenas Uma Vez/ Wall-E
1 – O Nevoeiro
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Interpretação: O Moço do Saxofone [3]
Partindo da premissa do conto – dada pelo título: O Moço do Saxofone – seguimos o protagonista que deseja descobrir por que esse tal ‘moço’ está sempre tocando o tristonho saxofone. Descobrimos então, através da narração do próprio protagonista, que esse ‘Moço do Saxofone’ é casado, mas dorme em quarto separado da mulher - o que é a causa ou conseqüência do fato dela traí-lo.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008
A Comuna de Oaxaca - por Iporã Possantti
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Interpretação: Helga [2]
Aparentemente confusa até por volta da metade do conto – mais especificamente quando Paulo nos detalha o momento exato no qual conheceu Helga – a história toma um rumo mais linear a partir daí até o derradeiro final, que nos explica o porquê da confusão inicial.
Pois bem, no início, Paulo – filho de alemã com um brasileiro, vivendo no Brasil - nos conta, não muito claramente, o fato de ter herdado o nome de seu pai sem tê-lo conhecido, e um pouco de seu passado envolvendo nazismo. Cita o nome de Helga em quase todos os parágrafos (nos dá a entender que foi seu grande amor) e é somente depois de relatar sua participação na II Guerra Mundial ao lado da Alemanha que podemos dizer que o conto realmente começou, pois Helga finalmente entrou na história.
Paulo diz ter conhecido Helga em uma farmácia para qual vendia mantimentos – a guerra tinha acabado e ele arranjara um modo de ganhar dinheiro vendendo tal tipo de coisa. Eis então que descobre, ao convidá-la para dançar, que Helga só tinha uma perna e que o que parecia ser a outra, era na verdade uma perna ortopédica – que seu pai Wolf, dono da farmácia, havia conseguido a muito custo, uma vez que isso era extremamente caro (e ainda o é).
Dias passam e Paulo fica amigo íntimo de Helga e de seu pai, que lhe conta seus planos para acumular uma pequena fortuna: investir em penicilina. O grande problema era o capital inicial. Precisava-se de muito dinheiro para começar tal negócio. Mais um tempo naquela situação, e Paulo comenta em casamento.
Agora, já no final da história, somos apresentados ao verdadeiro Paulo Silva. Sim, claro, ele se casa com Helga. Porém, casa-se em outra cidade e de noite rouba a perna ortopédica, foge, e vende o apetrecho. Consegue o dinheiro, investe em penicilina, fica rico e volta para o Brasil.
Terminada a leitura, acabamos descobrindo que Paulo era um grande canalha (para não dizer outra coisa); de fato, um nazista. Ficamos chocados ao constatar o sujeito que nos contou sobre uma Helga que parecia ser sua amada na verdade nunca a amou. Temos vontade de não acreditar naquilo que acabamos de ler; consideramos desconfortável e até implausível o tal desfecho.
Porém, ao relermos o conto, percebemos que o final, infelizmente, não é implausível. Aliás, é bem provável. A autora, competente como de costume, nos deixa pistas, à primeira vista ocultas, sobre o que acontecerá na trama. A linguagem enrolada do início da narrativa é uma prova disso. Notamos então que todo o texto é uma lamentação, um contido sentimento de culpa, e também uma autopunição – como o próprio Paulo Silva aparenta acreditar que seja.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Retomando o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro
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Pouco mais de uma semana depois da minha postagem, no dia 9 de setembro, saiu essa lista com os filmes pré-selecionados:
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- A Casa de Alice, de Chico Teixera
- A Via Láctea, de Lina Chamie
- Chega de Saudade, de Laís Bodanski
- Era Uma Vez..., de Breno Silveira
- Estômago, de Marcos Jorge
- Meu Nome Não é Johnny, de Mauro Lima
- Mutum, de Sandra Kogut
- Nossa Vida Não Cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro
- Olho de Boi, de Hermano Penna
- Onde Andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado
- O Passado, de Hector Babenco
- Os Desafinados, de Walter Lima Júnior
- O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli
- Última Parada 174, de Bruno Barreto
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(E no dia 16 de setembro, foi anunciado o longa-metragem que representará o Brasil na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009: Última Parada 174.)
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Envergonhado, confesso que não assisti a nenhum dos longas-metragens. Porém, conheço 11 dos 14 títulos; e, a partir das informações que possuo, não acredito que esteja em uma posição muito desapropriada para tratar do tema.
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Isso (com exceção do pequeno parágrafo entre parênteses) e mais duas páginas e meia de texto era o que seria minha próxima postagem. Desisti dela. Resolvi fazer algo mais interessante, desafiador, íntegro e sem a visível hipocrisia presente no parágrafo acima – não acredito que o escrevi; vai contra os meus ideais.
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Eis o que farei: assistirei a todos os filmes da lista e comentarei sobre quais seriam suas chances de conseguirem a indicação ao Oscar. Tendo-os assistido, poderei falar sobre seu conteúdo sem o peso da consciência culpada. Daí, poderei dizer se o júri brasileiro escolheu o filme certo para tentar uma estatueta.
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Cada filme renderá uma postagem própria (a não ser que eu assista mais de um filme em um dia). Com isso, assim como disse que pretendia fazer uma série sob o título de 'Interpretação' para meus textos interpretativos, aqui pretendo fazer um série para esses comentários dos filmes sob o título de 'OMFE, Parte I: Pré-seleção de longas brasileiros' - [para quem não percebeu, OMFE é sigla de 'Oscar de Melhor Filme Estrangeiro']. E já aviso que seguirei com essa série até depois do anúncio dos 9 pré-indicados oficiais da Academia, partindo, então, para a Parte II; e finalizando com a Parte III, quando a seleção final dos 5 indicados for anunciada dia 22 de janeiro (juntamente com todos os indicados da premiação, o que dará fruto para diversas postagens sobre o assunto).
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
E o Carro? - Por Iporã Possantti
domingo, 12 de outubro de 2008
Interpretação: Antes do Baile Verde
Aqui, Lygia Fagundes Telles descreve a conversa entre duas mulheres, uma branca e uma negra, que se preparam para uma noite carnaval intitulada Baile Verde. Demora um pouco, mas logo constatamos que uma (a negra) é empregada da outra.
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Mas as duas não aparentam ter uma relação de mera formalidade (entre patrão e empregado), mostram-se amigas. Eis então que a patroa, chamada Tatisa, está preocupada em terminar de colar as lantejoulas na sua fantasia. Logo, pede a ajuda da empregada, Lu - que por sua vez diz se preocupar em deixar o marido Raimundo bravo com sua demora.
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Conversa vai, conversa vem, e ficamos sabendo que o pai de Tatisa está muito doente, aliás, em seus últimos dias. E da metade do conto para o fim, as duas mulheres ficam nesse assunto.
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Lu diz que o velho não passa dessa noite, mas Tatisa teima em não acreditar. Os diálogos entre as elas ficam desse jeito: Lu se concentra em terminar o vestido da patroa, colando as lantejoulas, e avisando que Raimundo ficará raivoso; Tatisa diz que elas têm tempo, e a cada fala, enquanto Lu tenta descontrair a si e à patroa, falando sobre o carnaval passado (que Tatisa não pôde ir), ela comenta sobre o pai, dizendo que Lu tem de estar errada a respeito da saúde do velho.
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Além disso, não há muito a ser dito. A não ser a insistência de Tatisa em pedir que Lu fique com seu pai esta noite, mas Lu diz que jamais perderia o Baile Verde – nem para ficar com o próprio pai.
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O que pode ser concluído? Não tenho certeza. Provavelmente muito mais do que o conto aparenta nos dizer. Minha resolução é que se trata de uma crítica ao comodismo da vida dos mais abastados da sociedade. Pois a autora constrói as falas das duas personagens de modo a mostrar que Tatisa é muito mais frágil que Lu. Percebe-se isso quando o assunto do pai entra em jogo. Lu diz que passou no quarto do velho, e afirma que ele não passará daquela noite; já Tatisa reclama dizendo que não. E não apenas diz que não, ela, a cada fala, quando Lu já tinha até passado a conversa adiante, ela volta atrás, falando que Lu só poderia estar errada. Isso demonstra a fraqueza emocional de Tatisa.
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Outros dois fatos interessantes, e relevantes, a serem notados são:
Primeiro - Tatisa não ter ido ao último carnaval, afirmando ter estado doente na ocasião. Talvez seja por isso que ela insista tanto para Lu ficar com seu pai – e conseqüentemente perder o Baile Verde. Uma atitude retardada de vingança (inveja seria um termo melhor). O que prova sua imaturidade como pessoa.
Segundo – Lu comentar, com vigor, que não perderia o baile nem pelo próprio pai.
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Esses dois fatos reforçam minha teoria sobre real intenção da autora neste conto.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A Hipocrisia do Político
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Confesso que, por (quase) puro preconceito, sempre desconsiderei Lula como um político a ser levado a sério - isso durante muito tempo. Já deixo claro: não sou partidário das políticas socialistas, comunistas e afins; todavia, não era esse o motivo principal que não me levava a crer na possível figura de um Lula Presidente da República. Não; uma vez que sua proposta de plano de governo não era de tal natureza, ainda que proveniente de um partido da mesma. O que eu não conseguia admitir era o fato de um sujeito que mal sabia pronunciar o português - e problemas de dicção não sendo a causa disso - tomar posse do maior cargo político da nação.
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(Em nome da ética, informo-lhes a verdadeira imagem que eu tinha de Lula. Eu poderia muito bem esconder isso, mas quero que quem lei saiba esse texto exatamente o que pensei e o que penso agora.)
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Anos passaram; amadureço e realizo que Lula também amadureceu. Passou a falar mais corretamente e comentar de forma mais concisa. Meu preconceito sobre ele não existe mais.
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Porém, devido a solicitação de tais ‘privilégios vitalícios’ citados no texto ‘Sr. Presidente, Sr. Oligarca’ – em que Iporã pontua muito bem a hipocrisia dos mesmos -, passo a ver Lula de duas maneiras: um hipócrita, ao ir contra seus verdadeiros ideais políticos; ou um fantoche de Tarso Genro. Das duas uma. (Aliás, independente de gostar ou não de Lula - pelos mais diversos motivos - muito pior que ele é Tarso Genro. Ainda farei um texto concretizando meu ponto de vista a respeito desse político que, de forma extremamente errônea, foi nomeado Ministro da Justiça.)
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Agora o preconceito que eu tinha a respeito de Lula está voltando. Não... Não, não. Agora não é preconceito.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Sr. Presidente, Sr. Oligarca - por Iporã Possantti
sábado, 13 de setembro de 2008
Idiots Are Taking Over - NOFX (por Iporã Possantti)
IDIOTS ARE TAKING OVER - NOFX
http://www.youtube.com/watch?v=TOPJ90FRZHIIt's not the right time to be sober
now the idiots have taken over
spreading like a social cancer, is there an answer?
Mensa membership exceeding
tell me why and how are all the stupid people breeding
Watson, it's really elementary
the industrial revolution has flipped the bitch on evolution
he benevolent and wise are being thwarted, ostracized, what a bummer
the world keeps getting dumber
insensitivity is standard and faith is being fancied over reason
Darwin's rollin over in his coffin
the fittest are surviving much less often
now everything seems to be reversing, and it's worsening
someone flopped a steamer in the gene pool
now angry mob mentality's no longer the exception, it's the rule
and im startin to feel a lot like charlton heston
stranded on a primate planet
apes and orangutans that ran it to the ground
with generals and the armies that obeyed them
followers following fables
philosophies that enable them to rule without regard
There's no point for democracy when ignorance is celebrated
political scientists get the same one vote as some Arkansas inbred
majority rule, don't work in mental institutions
sometimes the smallest softest voice carries the grand biggest solutions
what are we left with?
a nation of god-fearing pregnant nationalists
who feel it's their duty to populate the homeland
pass on tradition
show to get ahead religions
And prosperity via simpleton culture
the idiots are takin over
Tradução:
Não é a época certa para se estar sóbrio
Agora os idiotas estão tomando conta
Se espalhando como um câncer social, será que há uma resposta?
Se excedendo o número máximo de membros
Me diga como e por que todas as pessoas idiotas estão se reproduzindo
Watson, é realmente elementar
A revolução industrial mudou toda a evolução
Os espertos e astutos estão sendo aquietados, caçados
Que besteira o mundo continua ficando mais idiota
Insensitividade é um padrão
E fé está sendo colocada acima da razão
Darvin está rolando em seu caixão
Os mais evoluidos estão sobrevivendo com muito menos freqüência
Agora tudo parece estar se revertendo
E está piorando alguém mudou um cromossomo nos genes
Agora mentalidade enraivecida não é mais exceção
É maioria
E estou comecando a me sentir como charlton heston
Preso num planeta dos macacos
Macacos e orangutangos que mandavam
Com generais e exércitos que os obedeciam
Seguidores seguindo fábulas
Filosofias que os possibilitavam mandar
Sem nenhuma consideração
Não há motivos em se ter uma democracia, quando a ignorância é celebrada
Cientistas políticos acreditam no mesmo valor de cada Voto,
Acho que alguns macacos acabam se formando
Maioria manda, não trabalhe em instituições mentais
As vezes a menor e mais doce voz carrega as incríveis e grandes soluções
O que nos resta?
Uma nação de nacionalistas grávidos temendo a deus
Que acham que é sua tarefa popular sua terra natal
Passar suas tradições adiante
Religiões de como-ir-em-frente
E fazer prosperar a cultura sem símbolos
Os idiotas estão tomando conta
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Mediocridade pouca é bobagem.
A hipocrisia é superada apenas pela mediocridade de seres tão pusilânimes naquele antro repugnante de miséria e falta de respeito. Na hora de ouvir uma mijada homérica, tudo bem! Na hora de calar a boca...? Ninguém se manifestou, aliás, todos se manifestaram, o que era justamente o objeto da mijada. Professores ficam, à minha ótica, visivelmente descontentes com a minha turma, pois a única relação "professor-aluno" que se estabelece é uma mera e hipócrita relação fora de aula - como uma conversa boba - ao passo que ninguém respeita o trabalho deste mesmo professor, impedindo - o de exercer sua profissão.
Os alunos querem transformar o conhecimento do professor em apenas mais um mero recreio. Conversa vai, conversa vem... E o interesse? Tudo bem que nem todo conhecimento que adquirimos no colégio será utilizado durante toda nossa vida, mas respeitar o trabalho das outras pessoas é o mínimo que podemos fazer. Isso tem nome: hipocrisia. Hipocrisia, pois as mesmas pessoas que desmerecem o trabalho de tais profissionais são exatamente os mesmos que acusam os grupinhos rivais de serem desrespeitosos.
Já falei sobre a hipocrisia, mas falei pouco. Afinal, essa rivalidade estabelecida entre gurpos tão parecidos é devida a quê? É difícil de dizer; talvez uma diferença ideológica, nada mais. É um prazer dizer que somos melhores que a entidade formada pela "turma de baixo", mas na realidade, o que somos nós? "Quem somos nós?" Não que eles sejam superiores, pois partindo dum pressuposto que a única diferença entre nós é ideológica, a hipocrisia vigora igualmente, pois odiamos uns nos outros o que fazemos. "Eles bebem!" - grita um. Quer dizer então que ninguém bebe? "Mas eles fumam!" - exclama um outro. Pois é. Como se nenhum conhecido meu (que saberão se acusar ao lerem esse texto) fumasse. "Mas eles gostam de futebol!" - reclama um terceiro. Mas, novamente, eles e mais metade do mundo, inclusive eu, que não sofro nenhuma manifestação negativa nesse antro nojoso já referido. E, além de tudo, não podemos odiar a torcida do mengão inteira, né?!
Essa mísera diferença ideolóica - a qual não consigo exatamente diferenciar - é motivo o suficiente para "fechar o pau" a qualquer encontro desses dois grupos. É uma aula de Ecologia prática! Pena que muitos que lerem esse quadro não identificarão, pois conversavam em aula... (:/).
PRONTO. Finalizei sobre a hiporcisia.
Agora.... Que tal a mediocridade?
Indo aos conceitos mais toscos de mediocridade, na pior das hipóteses, eles estão PAGANDO para ter aula, então, porque não têm aula em vez de conversar? Aí pode-se notar a participação dum equivalente à uma constante matemática influindo numa relação, mas eles não entenderiam de novo, pois na aula dupla de matemática, os que não dormiam, conversavam. Mas me parece que a estupidez, multiplicada pela falta de respeito e mediocridade se dá numa relação mais ou menos assim:
E = m.c²
Onde a estupidez é igual à mediocridade multiplicada pelo quadrado da cretinice. Não entendeu? Então cala a boca PELO MENOS NA AULA DE FÍSICA. Pelo menos, mostrai um mínimo de consideração pelo professor homenageado o qual foi humilhado pelas pessoas que o botaram em tal nobre condição.
Agora, minha opinião: Se eu fosse representar uma turma tal, como professor homenageado, e me fizessem uma desfeita dessas, querem saber com que vontade eu iria receber as honras??
Melhor que nem saibam mesmo.
Mas nem tudo é silêncio no corredor dos mortos. Notícias boas? Vos trago amanhã.
Enquanto isso, deixo-vos aquele grande abraço.
Atenciosamente, O Homem Bom.
domingo, 7 de setembro de 2008
"Reciclar é legal" - por Iporã Possantti
Agora pense: QUANTOS MALDITOS EMBRULHOS DE BALA DE CAFÉ têm o mesmo destino no Planeta Terra?
Pensou? Muito bem, vamos continuar a odisséia.
Por isso, recicle seu plástico.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Boas e vamos à luta!
Por meio desta, inicio minhas manifestafestações neste espaço.
No mais é só, pessoal.
Um grande abraço a meus assíduos leitores.
O Homem Bom.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Falta de respeito à literatura = Atentado ao cinema; Ex: Eragon - O Filme
Eragon poderia ser um Senhor dos Anéis. Não precisaria de Peter Jackson na direção e no roteiro. Também era desnecessário o mesmo compositor e equipe de produção. Sim, o estúdio e o produtor sabiam disso. E acharam um 'ótimo' meio de fazer o filme: contrataram Stefan Fangmeier, um diretor estreante! Não é genial?
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Claro que não! Tudo bem, mas quem sabe o diretor pudesse ser um fã da história?... E não um idiota que conseguisse destruir um mundo mágico inspirado no maior clássico de fantasia da literatura e no maior clássico de ficção-científica do cinema (respectivamente: O Senhor dos Anéis e Guerra nas Estrelas). Foi a primeira vez que quis sair antes do fim da sessão.
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O filme é ruim por diversos meios.
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1. É uma péssima adaptação. Um livro maior que 400 páginas não pode ser comprimido em menos de duas horas de projeção (notem que Eragon tem somente 100 minutos). O roteiro não chega a ter 30% de fidelidade ao livro. Os primeiros 10 minutos são palpáveis, porém, a partir daí, o enredo é totalmente remodelado e foge de tudo que Paolini criou em seu livro de estréia. E como não poderia deixar de fazer, o roteiro manipulado destruiu todas possíveis chances de se fazer uma continuação. Todos os ganchos que Paolini deixou no livro para a história seguir linear, criativa e intrigantemente no segundo capítulo de sua Trilogia da Herança foram apagados completamente pelo ignorante roteirista (aliás, ignorantes, visto que foi quatro o número de roteiristas: Peter Buchman, Mark Rosenthal, Jesse Wigutow e Lawrence Konner – uma prática que quase sempre dá errado). Mas é claro que isso já não era o suficiente, faltava ainda fazer a história parecer um tremendo plágio de uma das duas maiores fontes de admiração de Paolini: Guerra nas Estrelas - coisa que o livro não faz.
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2. Atores. Eu não tenho muito que dizer. Não sei o que Jeremy Irons e John Malkovich foram fazer lá. Este último eu achei patético como o vilão Galbatorix. Irons é a única coisa boa vindo dos humanos que trabalharam frente às câmeras (aqui não conta Rachel Weiss, que fez um belíssimo trabalho, mas como a 'voz' de Saphira).
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3. Produção. Agora faço um parêntese: não li nenhum livro da série Harry Potter - e talvez por isso tenha gostado tanto dos filmes - mas convenhamos que esses são, pelo menos, uns caprichos de produção. Nem isso o filme do Eragon consegue fazer. Tem uma que outra locação bonita (e neste caso, os cenários são naturais). A direção de arte, também feita à quatro, é nula; os figurinos de Kym Barret e Carlo Poggioli são panos coloridos que os atores vestem; a fotografia de Hugh Johnson é raramente não ruim; a única coisa que se salva na produção do filme é o dragão (provavelmente por que é exatamente a visão que 'eu' imaginei; talvez isso tenha me influenciado em um julgamento leviano – mas a qualidade técnica de animação do dragão é fantástica), porém, os outros efeitos visuais do longa-metragem são apenas razoáveis. Outro detalhe que é exceção é a ótima trilha sonora de Patrick Doyle.
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4. Diretor. O que comentar? Já fiz isso no início do texto. Mas talvez, com um pouco de pena, eu tire parte de sua culpa para atribuí-la aos produtores John Davis, Wyck Godfrey e Alan Goodman - que tinham a obrigação de saber que um diretor não pode estrear numa produção dessas. Esse tipo de gente devia ser exonerado da Sétima Arte.