O entardecer de hoje aconteceu para mim de um jeito muito interessante. Estava eu a caminhar ao acaso pelas ruas da minha pequena cidade, Wencestown, quando muitos acontecimentos sutis desenrolaram-se em frente aos meus olhos.
Entre tais ocorridos, o que me chamou a atenção foi um diálogo completamente espontâneo - à beira do Lago Guaíba - a respeito dos rumos que esperam o capitalismo frente os novos tempos.
Bom, o fato que o capitalismo não é uma teoria, é uma prática que foi "teorizada" posteriormente ao seu surgimento. Teoria essa denominada Liberalismo Econômico, prega a liberdade dos mercados e um gradual desenvolvimento da sociedade inteira naturalmente.
Obviamente que esse "jeitinho" natural o ser humano não conheceu ainda, valendo-se de estratégias escrupulosas e egoístas para fins de dominação de classes e até mesmo de povos sobre outros.
Questiono se o capitalismo é capaz de mudar e responder aos novos desafios do globo (como energéticos, ambientais, etc) sem entrar em uma forte contradição. Afinal de contas, a economia capitalista precisa de ampliação dos mercados e as novas idéias de sustentabilidade são de "reciclar" os recursos e reaproveitá-los, preservando assim um sistema econômico estável.
Por exemplo, o sistema capitalista extrai petróleo das profundidades do mundo. Essa extração permite a criação de milhões de empregos, pois uma vez que se têm o petróleo, se consegue gasolina e derivados. A gasolina constrói, por si só, toda a indústria de automóveis. Mais fábricas são agregadas à cadeia produtiva desses carros (alguém precisa extrair areia e fazer vidro para os pára-brisas; fazer tintas; sistemas eletrônicos; etc).
Todos os trabalhadores que adquirem relativa renda nessas estruturas, fazem surgir outros setores de serviços inúmeros, cooptando dessa maneira um contigente cada vez mais amplo de pessoas para fazer parte desse intrincado sistema.
Terras são aradas em larga escala para alimentar cidades que têm a base de tudo em uma substância viscosa das profundidades da crosta, o petróleo. Milhões famílias se formam através do dinheiro desse óleo fóssil. Guerras são feitas em nome desse óleo.
Que, ironicamente, um dia acabará.
Ou, se não acabar (existem pesquisas de produção inorgânica de petróleo), seu uso é condenável por ser responsável por muitas alterações ambientais graves no planeta.
Uma hipótese que eu acho, no mínimo, de se pensar, é se o desenvolvimento sustentável -como, por exemplo, bairros auto-suficientes em energia, água e alimentos- levaria ao estrangulamento "natural" do sistema capitalista, conduzindo a humanidade à uma economia mais saudável para a espécie.
Desestruturar as matrizes energéticas e de produção atuais resultaria em uma desestruturação do famoso antagonismo de classe "Trabalhadores X Proprietários"? Rejeito pensar a fundo. Deixo a resposta para o tempo.
Imagino que se em uma comunidade pequena (o "local" para o desenvolvimento sustentável é o foco e não o "global") auto-suficiente de recursos básicos, os seres humanos acabariam por suprimir as dominações de classe, visto que todos seriam associados e trabalhariam para a auto-suficiência dos recursos fundamentais.
Assim sendo, para o futuro eu aposto nas cooperativas , em sindicatos originais e, principalmente, no uso "limpo" da tecnologia.
Cooperativas permitem que os trabalhadores dividam o lucro da produção, gerando mais renda.
Sindicatos permitem uma organização mais coesa das classes trabalhadoras, fornecendo assim melhor suporte para as categorias de profissão.
Tecnologia limpa, essencialmente sobre uma base de educação voltada para objetivos sustentáveis, leva ao fim das tecnologias embasadas nas super-estruturas econômicas, como a do petróleo.
Entre tais ocorridos, o que me chamou a atenção foi um diálogo completamente espontâneo - à beira do Lago Guaíba - a respeito dos rumos que esperam o capitalismo frente os novos tempos.
Bom, o fato que o capitalismo não é uma teoria, é uma prática que foi "teorizada" posteriormente ao seu surgimento. Teoria essa denominada Liberalismo Econômico, prega a liberdade dos mercados e um gradual desenvolvimento da sociedade inteira naturalmente.
Obviamente que esse "jeitinho" natural o ser humano não conheceu ainda, valendo-se de estratégias escrupulosas e egoístas para fins de dominação de classes e até mesmo de povos sobre outros.
Questiono se o capitalismo é capaz de mudar e responder aos novos desafios do globo (como energéticos, ambientais, etc) sem entrar em uma forte contradição. Afinal de contas, a economia capitalista precisa de ampliação dos mercados e as novas idéias de sustentabilidade são de "reciclar" os recursos e reaproveitá-los, preservando assim um sistema econômico estável.
Por exemplo, o sistema capitalista extrai petróleo das profundidades do mundo. Essa extração permite a criação de milhões de empregos, pois uma vez que se têm o petróleo, se consegue gasolina e derivados. A gasolina constrói, por si só, toda a indústria de automóveis. Mais fábricas são agregadas à cadeia produtiva desses carros (alguém precisa extrair areia e fazer vidro para os pára-brisas; fazer tintas; sistemas eletrônicos; etc).
Todos os trabalhadores que adquirem relativa renda nessas estruturas, fazem surgir outros setores de serviços inúmeros, cooptando dessa maneira um contigente cada vez mais amplo de pessoas para fazer parte desse intrincado sistema.
Terras são aradas em larga escala para alimentar cidades que têm a base de tudo em uma substância viscosa das profundidades da crosta, o petróleo. Milhões famílias se formam através do dinheiro desse óleo fóssil. Guerras são feitas em nome desse óleo.
Que, ironicamente, um dia acabará.
Ou, se não acabar (existem pesquisas de produção inorgânica de petróleo), seu uso é condenável por ser responsável por muitas alterações ambientais graves no planeta.
Uma hipótese que eu acho, no mínimo, de se pensar, é se o desenvolvimento sustentável -como, por exemplo, bairros auto-suficientes em energia, água e alimentos- levaria ao estrangulamento "natural" do sistema capitalista, conduzindo a humanidade à uma economia mais saudável para a espécie.
Desestruturar as matrizes energéticas e de produção atuais resultaria em uma desestruturação do famoso antagonismo de classe "Trabalhadores X Proprietários"? Rejeito pensar a fundo. Deixo a resposta para o tempo.
Imagino que se em uma comunidade pequena (o "local" para o desenvolvimento sustentável é o foco e não o "global") auto-suficiente de recursos básicos, os seres humanos acabariam por suprimir as dominações de classe, visto que todos seriam associados e trabalhariam para a auto-suficiência dos recursos fundamentais.
Assim sendo, para o futuro eu aposto nas cooperativas , em sindicatos originais e, principalmente, no uso "limpo" da tecnologia.
Cooperativas permitem que os trabalhadores dividam o lucro da produção, gerando mais renda.
Sindicatos permitem uma organização mais coesa das classes trabalhadoras, fornecendo assim melhor suporte para as categorias de profissão.
Tecnologia limpa, essencialmente sobre uma base de educação voltada para objetivos sustentáveis, leva ao fim das tecnologias embasadas nas super-estruturas econômicas, como a do petróleo.
2 comentários:
O problema em falar de tal questão é que sempre que qualquer pessoa critica nem que seja apenas uma faceta do dito 'Capitalismo', a pessoa é taxada de comunista/socialista, e assim não se tem um diálogo.
Além da questão do nome, o problema está muito mais para a consciência das pessoas que para os defeitos do 'sistema' (detesto usar essa palavra). Muita gente tem um preconceito com o novo, o diferente. Para mudar o mundo, primeiro cada precisa mudar isso em si.
*primeiro cada um precisa mudar isso em si.
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