domingo, 21 de dezembro de 2008

Oscar 2009 - Melhores Efeitos Visuais: 'Semi-semi-finalistas'

Aqui estão os 'semi-semi-finalistas' a uma indicação ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais de 2009. Essa lista de 15 filmes será reduzida a sete no início de janeiro (aí sim os semi-finalistas). E dia 22 (de janeiro!) serão anunciados todos os indicados ao Oscar 2009 (que se realizará exatamente um mês depois). Na categoria de Melhores Efeitos Visuais somente três longas chegam a 'final'.
Para quem não se deu ao trabalho de ler minha última postagem, botei minha nota ao lado de todos os filmes selecionados (a exceção dos que não assisti)
Obs: os links (seguros) são do site (muito bom, devo dizer) http://www.cinemaemcena.com.br/
Tirei de lá a notícia, e recomendo as críticas de Pablo Villaça.

Austrália (não chegou ao Brasil)
As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian (não vi)
Cloverfield - Monstro (*)
O Curioso Caso de Benjamin Button (não chegou ao Brasil)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (*****)
O Dia em que a Terra Parou (não chegou ao Brasil)
Hancock (não vi)
Hellboy II - O Exército Dourado (não vi)
O Incrível Hulk (****)
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (****)
Homem de Ferro (*****)
Viagem ao Centro da Terra - O Filme (não vi)
A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (não vi)
007 - Quantum of Solace (***)
As Crônicas de Spiderwick (não vi)

Fico intrigado como o fato de 'Speed Racer' não estar na lista (hum...). 'O Procurado' também parece fazer falta.
Bom, seis eu não vi e três ainda não estreiaram no Brasil, sobrando apenas seis produções para eu comentar. Comentar não é bem o termo correto, vou apenas dar uma nota de 1 a 5 para os efeitos dos longas aos quais eu assisti.

Cloverfield - ***
Batman: O Cavaleiro das Trevas - ****
O Incrível Hulk - *****
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal - *****
Homem de Ferro - *****
007 - Quantum of Solace - ***

Ah, eis os sete que eu acredito que estarão na lista dos semi-finalistas (sem ordem/ e me concedo o direito de chutar um oitavo filme):

As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian
Batman: O Cavaleiro das Trevas
Hancock
Hellboy II - O Exército Dourado
O Incrível Hulk
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Homem de Ferro
A Múmia: Tumba do Imperador Dragão

Veremos minha porcentagem de acertos.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Filmes 2008!

Em 2006 fiz minha primeira lista de ‘melhores de ano’; o Top 10 dos filmes que eu tinha visto no cinema.

Top 10 de 2006 no Brasil
01. O Grande Truque
02. Munique
03. Piratas do Caribe: O Baú da Morte
04. Xeque-Mate
05. V de Vingança
06. Syriana
07. Filhos da Esperança
08. Missão Impossível III
09. 007 Casino Royale
10. E Se Fosse Versade

No ano passado, repeti o feito.

Top 10 de 2007 no Brasil
01. Ventos da Liberdade
02. Bobby
03. O Ultimato Bourne
04. Diamante de Sangue
05. Zodíaco
06. Tropa de Elite
07. Justiça a Qualquer Preço
08. Um Crime de Mestre
09. Perfume - A História de um Assassino
10. Piratas do Caribe – No Fim do Mundo

Só que, influenciado por familiares e inspirado em um grande crítico de cinema, passei a também anotar todos os filmes que via. De início, em uma agenda, eu anotava tudo: titilo original, pontos altos e baixos, a mídia (DVD, Cinema...), o dia e o horário em que assisti ao filme, e uma nota de 1 a 5. Obviamente que isso não durou muito tempo. Cansei de tanto empenho. Fiquei quase um mês parado. De repente, fui ao computador e escrevi todos os filmes que tinha visto nesse intervalo. Agora sem constar o horário, e os pontos altos e baixos. Finalizei 2007 tendo visto 187 filmes! Fiquei extremamente surpreso! 187 filmes?! É muita coisa! Mas, aparentemente não contente em ter visto essa quantidade de filmes (sendo 70 deles no cinema!), resolvi fazer a minha versão do Oscar. Simples, são praticamente as mesmas categorias e mais outras, só que sou eu quem escolhe os indicados e os vencedores. É o máximo! Foi muito divertido.

2008 não foi diferente.


Top 10 de 2008 no Brasil
01. Batman: O Cavaleiro das Trevas
02. Ensaio Sobre a Cegueira
03. Apenas Uma Vez
04. Desejo e Reparação
05. O Escafandro e a Borboleta
06. Wall-E
07. Senhores do Crime
08. Os Indomáveis
09. Sangue Negro
10. Homem de Ferro

Ghuyer Awards 2008
Obs: não desmerecendo outros títulos nesta disputa, assim como na lista dos 10 melhores do ano, aqui concorrem somente os filme eu vi. Podendo haver desfalques não por eu não considerar tal filme menos capaz, e sim pelo fato de eu não tê-lo visto; o vencedor está em vermelho.

Melhores Efeitos Visuais
- Homem de Ferro
- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
- Speed Racer
- O Incrível Hulk
- Batman: O Cavaleiro das Trevas

Melhor Som
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Onde os Fracos Não Têm Vez
- Os Indomáveis
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- Wall-E

Melhor Maquiagem
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Piaf: Um Hino ao Amor
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- O Escafandro e a Borboleta
- Jogos Mortais 5

Melhor Trilha Sonora
- Desejo e Reparação (Dario Marianelli)
- Os Indomáveis (Marco Beltrami)
- Batman: O Cavaleiro das Trevas (Hans Zimmer & James Newton Howard)
- Kung Fu Panda (Hans Zimmer & John Powell)
- Wall-E (Thomas Newman)

Melhor Canção
- “Happy Working Song”, de Alan Menkel & Stephen Swartz (Encantada)
- “Falling Slowly”, de Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
- “Lies”, de Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
- “When You’re Mind is Made Up”, de Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)
- “Down to Earth”, de Peter Gabriel & Thomas Newman (Wall-E)

Melhor Montagem
- Desejo e Reparação
- O Suspeito
- Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- O Escafandro e a Borboleta

Melhor Figurino
- Desejo e Reparação
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Os Indomáveis
- Homem de Ferro
- Batman: O Cavaleiro das Trevas

Melhor Fotografia
- Desejo e Reparação (Seamus McGarvey)
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Dariusz Wolski)
- O Escafandro e a Borboleta (Janusz Kaminski)
- Ensaio Sobre a Cegueira (César Charlone)
- Não Estou Lá (Edward Lachman)

Melhor Direção de Arte
- Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
- Sangue Negro
- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- Ensaio Sobre a Cegueira

Melhor Roteiro Adaptado
- Desejo e Reparação (Christopher Hampton)
- Sangue Negro (Paul Thomas Anderson)
- Batman: O Cavaleiro das Trevas (Christopher & Jonathan Nolan)
- O Escafandro e a Borboleta (Ronald Harwood)
- Ensaio Sobre a Cegueira (Don McKellar)

Melhor Roteiro Original
- O Suspeito (Kelley Sane)
- Senhores do Crime (Steven Knight)
- A Vida dos Outros (Florian Henckel Von Donnesmarck)
- Wall-E (Andrew Stanton)
- Apenas Uma Vez (John Carney)

Revelação
- John Carney, Glen Hansard & Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)

Melhor Atriz Coadjuvante
- Keira Knightley (Desejo e Reparação)
- Meryl Streep (O Suspeito)
- Laura Vasiliu (4 meses, 3 semanas e 3 dias)
- Marcia Gay Harder (O Nevoeiro)
- Cate Blanchet (Não Estou Lá)

Melhor Ator Coadjuvante
- Russell Crowe (Os Indomáveis)
- Colin Farrell (Sonho de Cassandra)
- Aaron Eckhart (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Heath Ledger (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Brad Pitt (Queime Depois de Ler)

Melhor Atriz
- Amy Adams (Encantada)
- Ellen Page (Juno)
- Marion Cotillard (Piaf: Um Hino ao Amor)
- Julianne Moore (Ensaio Sobre a Cegueira)
- Markéta Irglová (Apenas Uma Vez)

Melhor Ator
- Johnny Depp (Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet)
- Daniel Day-Lewis (Sangue Negro)
- Viggo Mortensen (Senhores do Crime)
- Christian Bale (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Mathieu Almaric (O Escafandro e a Borboleta)

Melhor Elenco
- Desejo e Reparação
- Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- Ensaio Sobre a Cegueira
- Não Estou Lá

Melhor Diretor
- Joe Wright (Desejo e Reparação)
- Christopher Nolan (Batman: O Cavaleiro das Trevas)
- Julian Schnabel (O Escafandro e a Borboleta)
- Fernando Meirelles (Ensaio Sobre a Cegueira)
- John Carney (Apenas Uma Vez)

Melhor Filme
- Desejo e Reparação
- Batman: O Cavaleiro das Trevas
- O Escafandro e a Borboleta
- Ensaio Sobre a Cegueira
- Apenas Uma Vez

Distribuição das Indicações
14 – Batman: O Cavaleiro das Trevas
9 – Desejo e Reparação
7 – Apenas Uma Vez/ O Escafandro e a Borboleta/ Ensaio Sobre a Cegueira
6 – Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
4 – Os Indomáveis/ Wall-E
3 – Não Estou Lá/ Sangue Negro/ O Suspeito
2 – Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto/ Senhores do Crime/ Encantada/ Piaf: Um Hino ao Amor/ Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal/ Homem de Ferro
1 – Juno/ Sonho de Cassandra/ Queime Depois de Ler/ 4 meses, 3 semanas e 2 dias/ O Nevoeiro/ A Vida dos Outros/ Kung Fu Panda/ Jogos Mortais 5/ Onde os Fracos Não Têm Vez/ Speed Racer/ O Incrível Hulk

Relação dos Vencedores
9 – Batman: O Cavaleiro das Trevas
3 – Desejo e Reparação
2 – Piaf: Um Hino ao Amor/ Apenas Uma Vez/ Wall-E
1 – O Nevoeiro

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Interpretação: O Moço do Saxofone [3]


Neste conto, tirando o fato do protagonista ter um amigo chamado James, odiar anões, não suportar o hábito dos outros de palitar os dentes, e estar intrigado com um de seus vizinhos, nada pode ser dito com toda certeza. Concretamente, sabe-se quase apenas isso.

...
Partindo da premissa do conto – dada pelo título: O Moço do Saxofone – seguimos o protagonista que deseja descobrir por que esse tal ‘moço’ está sempre tocando o tristonho saxofone. Descobrimos então, através da narração do próprio protagonista, que esse ‘Moço do Saxofone’ é casado, mas dorme em quarto separado da mulher - o que é a causa ou conseqüência do fato dela traí-lo.
...

Eis então que nosso protagonista percebe que ‘O Moço do Saxofone’ só toca o instrumento quando a mulher está com um amante – fato que ocorria bastante. Decidido a saber o que acontece entre o casal, ele marca uma noite com a mulher do sujeito. Pois então que quando é chegada a hora, ele erra a porta e abre a do quarto do ‘Moço’. Ao vê-lo, oferece um cigarro; o outro diz que não fuma (“Obrigado. Não posso fumar.”). Indignado, antes de sair do quarto, pergunta ao ‘Moço’ por que ele não faz nada, por que só fica quieto. Eis que o ‘Moço‘ responde: “Eu toco saxofone”. E, como transparece pela sua atitude de sair porta fora, não para o quarto da mulher, mas para embora apartamento, nosso protagonista acaba se sentindo enojado com a calma do (aparentemente) demasiado passível ‘Moço do Saxofone.
...

Mesmo relendo o conto, não foi possível encontrar algo que explique melhor seu conteúdo. É preciso fazê-lo mais de uma vez. E mesmo assim, o mais próximo que consigo chegar é desconfiar que o ódio do protagonista aos anões e ao ato de palitar os dentes não é uma informação gratuita – ela deve servir para alguma interpretação. Assim como a resposta d’O Moço do Saxofone: “...Não posso fumar.”. Notem que ele não diz que não fuma, ou que não quer, ele diz que não pode fumar.
...

Mais uma vez, Lygia Fagundes Telles dá ao leitor a decisão final sobre o que acontece na história.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Comuna de Oaxaca - por Iporã Possantti

Eu estou farto de ouvir aquela velha história - a qual pregam desde os anos 90 até os dias de hoje - que "o Socialismo não deu certo", "o Capitalismo venceu" e aquele "blá blá blá" infernal que se fala e escreve por todos os cantos da mídia convencional e elitista do mundo inteiro.

Não que eu acredite ser a Venezuela, Bolívia, Cuba, China, Coréia do Norte (me recuso a citar o Irã) e qualquer país africano que se intitule Socialista sejam efetivamente Marxistas. Muito pelo contrário, o velho barbudo provavelmente deve esmurrar o seu túmulo sempre que esses países carregam consigo as "vestes " socialistas. Hugo Chávez, por exemplo, merece seu mérito por desafiar tanto como desafia o Imperialismo Estadounidense, mas as transformações socias, as "quebras de estrutura" que o socialismo leva, não estão acontecendo na Venezuela.
Em Cuba e Coréia do Norte existem regimes claramente autoritários. Autoridade e Socialismo juntas é uma grande aberração. 

Coréia do Norte e Cuba são Ditaduras "vestidas" de Socialismo

Desde a década de 1990, os partidos de esquerda do mundo inteiro se tornaram oportunistas e pelegos. O crescimento econômico, impulsionado pelo Neo-liberalismo,  atrai a quase todos a uma bela armadilha: o consumo desenfreado e o explendor da riqueza. 
Entretanto, esta beleza se sustenta através de processos e valores completamente destrutivos aos seres humanos e ao planeta em que vivem. Para manter a economia de livre mercado, os regimes e governos estabelecem leis que - no papel - parecem razoavelmente justas, entretanto, na realidade atingem níveis de insanidade absurdas. Por exemplo, algum esfomeado, sabe-se por que razão do destino, se vê em frente a um restaurante. Sem alguns níqueis e cédulas de papel no bolso este esfomeado irá continuar em suas condições desgradantes. Simplesmente até morrer. Mas quem sabe este aprenda a comer papel, cascas de frutas nos lixos, etc. 

São as idéias por detrás das relações humanas que faz o nosso mundo ser um lugar inóspito para aqueles desprovidos de dinheiro. 

As relações financeiras e valores capitalistas são as forças que movem todos os aspectos da nossa sociedade

Enfim, a distribuição de renda irregular entre os humanos é fruto de superestruturas econômicas, políticas e ideológicas.

O Socialismo prevê a destruição das tais superestruturas. Instiga que os trabalhadores, ou seja, a base de toda a sociedade, devam se impor sobre as leis e a ordem social, estabelecendo assim uma nova ordem, um novo Estado (dirigido por todos os trabalhadores), movido por novas idéias e construindo novas Leis, condizentes dessa forma com quem as faz.
O Socialismo historicamente pouco teve sucesso. As tentativas ou foram destruídas pelas forças conservadoras, ou fracassaram por questões internas. 

Seria então uma "Utopia"? Não, só seria "Utopia" se a fome fosse uma "Utopia". 

E uma prova de que o Socialismo, a Democracia do Povo, o Marxismo não está extinto remonta ao ano de 2006.


A Comuna de Oaxaca

Oaxaca é o nome de um Estado - e sua respectiva Capital- do Sul do México. Como todos os países Latino-Americanos, as oligarquias brancas retêm o controle do Governo e a grande massa mestiça e indígena é explorada desde os tempos de Colônia Européia, além da economia servir cautelosamente às reivindicações do Imperialismo Estadounidense, mantendo assim todo o continente sob forma de "periferia" da potência econômica que é os EUA. Salvo alguns aspectos, o Brasil também se caracteriza por essa estrutura socio-político-econômica.

Em 22 de Maio de 2006 o Estado de Oaxaca mergulhou em uma tempestade. Quando o Governador Oligarca Ullises Ruiz negou-se a ouvir as reivindicações salariais de professores de Escolas de Ensino Público e, para resolver a questão das centenas de educadores em greve e manifestando pelas ruas da cidade, ordenou que a Polícia Estadual desse cabo dos professores "vagabundos" e "ingratos" de uma vez. Os repressores foram "descer o cacete" mas os "vagabundos" que desceram o cacete na PE. Foi o primeiro combate violento entre a população e o Estado em Oaxaca. 

Com o conflito de 22 de Maio de 2006 que se suscedeu a criação da APPO - Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca

Sendo o conjunto de diversas organizações sociais unidas da cidade de Oaxaca, a APPO passou a planejar ataques ao governo Oaxaquenho, e , durante 5 meses, teve o controle efetivo da cidade de Oaxaca. Através de manifestações, a APPO obteve êxito em combater o Governo Repressor de Ullises Ruiz. O povo simplesmente desacatou o governo e aderiu em massa à causa da APPO.
Além de agir na guerrilha urbana contra as forças policiais, os integrantes da Assembléia adquiriram os meios de comunicação públicos da cidade, como a o canal 9 da televisão que foi tomada pelos Oaxaquenhos e a Rádio da Universidade - que foi cedida pelos Universitários. A transmição desses meios de comunicação passou a ser informações, notícias, programação infantil, educativa e cultural.

 A APPO tornou-se um órgão popular e passou a efrentar o Governo

A situação completamente fora de controle passou a piorar para o Sr. Governador Ullises Ruiz quando as greves se alastraram pelo resto do Estado de Oaxaca e a APPO cresceu a ponto de chegar em novos municípios. Apesar do número de assassinatos pela Polícia crescer, o Estado de Oaxaca inteiro estava simplesmente se esvaindo pelas mãos do Governador.

Entretanto, em 26 de Outubro, a APPO conseguiu fazer negociações com o Senado Mexicano e aparentemente as reinvindicações seriam atendidas.

Engano!

Em 28 de Outubro a Polícia Federal estava na Capital de Oaxaca.

O governo exigiu dos membros da APPO a entrega da cidade. Dessa vez foi a vez da APPO se negar. 

Bom, a imagem mostra um pouco dos resultados.
Os rebeldes foram, massacrados, presos e, em muitos casos mortos. Houve até um jornalista Norte Americano ( Bradley Roland Will  )que foi assassinado covardemente pela Polícia Mexicana. 

Em todas as Capitais da Europa aconteceram protestos públicos em relação às injustiças e em favor da liberdade e supremacia da APPO. No Brasil, apenas algumas pixações. Acredito que está na hora de se dar conta em que país vivemos e como as informações chegam à sociedade.

Afinal de contas, o Brasil e o Mundo são Oaxaca também.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Interpretação: Helga [2]


Afinal parece que conseguirei manter a série 'Interpretação'. Desta vez falo sobre o conto Helga, também de Lygia Fagundes Telles.
...
Trata-se de uma narrativa em primeira pessoa em que o protagonista (Paulo Silva) tenta explicar ao leitor o que a personagem título significou na sua vida.
...
Aparentemente confusa até por volta da metade do conto – mais especificamente quando Paulo nos detalha o momento exato no qual conheceu Helga – a história toma um rumo mais linear a partir daí até o derradeiro final, que nos explica o porquê da confusão inicial.
...
Pois bem, no início, Paulo – filho de alemã com um brasileiro, vivendo no Brasil - nos conta, não muito claramente, o fato de ter herdado o nome de seu pai sem tê-lo conhecido, e um pouco de seu passado envolvendo nazismo. Cita o nome de Helga em quase todos os parágrafos (nos dá a entender que foi seu grande amor) e é somente depois de relatar sua participação na II Guerra Mundial ao lado da Alemanha que podemos dizer que o conto realmente começou, pois Helga finalmente entrou na história.
...
Paulo diz ter conhecido Helga em uma farmácia para qual vendia mantimentos – a guerra tinha acabado e ele arranjara um modo de ganhar dinheiro vendendo tal tipo de coisa. Eis então que descobre, ao convidá-la para dançar, que Helga só tinha uma perna e que o que parecia ser a outra, era na verdade uma perna ortopédica – que seu pai Wolf, dono da farmácia, havia conseguido a muito custo, uma vez que isso era extremamente caro (e ainda o é).
...
Dias passam e Paulo fica amigo íntimo de Helga e de seu pai, que lhe conta seus planos para acumular uma pequena fortuna: investir em penicilina. O grande problema era o capital inicial. Precisava-se de muito dinheiro para começar tal negócio. Mais um tempo naquela situação, e Paulo comenta em casamento.
...
Agora, já no final da história, somos apresentados ao verdadeiro Paulo Silva. Sim, claro, ele se casa com Helga. Porém, casa-se em outra cidade e de noite rouba a perna ortopédica, foge, e vende o apetrecho. Consegue o dinheiro, investe em penicilina, fica rico e volta para o Brasil.
...
Terminada a leitura, acabamos descobrindo que Paulo era um grande canalha (para não dizer outra coisa); de fato, um nazista. Ficamos chocados ao constatar o sujeito que nos contou sobre uma Helga que parecia ser sua amada na verdade nunca a amou. Temos vontade de não acreditar naquilo que acabamos de ler; consideramos desconfortável e até implausível o tal desfecho.
...
Porém, ao relermos o conto, percebemos que o final, infelizmente, não é implausível. Aliás, é bem provável. A autora, competente como de costume, nos deixa pistas, à primeira vista ocultas, sobre o que acontecerá na trama. A linguagem enrolada do início da narrativa é uma prova disso. Notamos então que todo o texto é uma lamentação, um contido sentimento de culpa, e também uma autopunição – como o próprio Paulo Silva aparenta acreditar que seja.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Retomando o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro

Devido a problemas particulares (dentro e fora do colégio), só agora (e durante pouco tempo) posso tentar me dedicar mais ao Diário Conspiratório. Relembro-lhes que no dia 27 de agosto, sob o título ‘O Brasil, sua imprensa, e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro’ escrevi a primeira postagem do blog. E lembro-me de ter dito que voltaria a escrever sobre o assunto, mais especificamente, sobre os filmes brasileiros que tentariam uma indicação ao Oscar 2009 de Melhor Filme Estrangeiro. Como prometido, aqui estou.
...
Pouco mais de uma semana depois da minha postagem, no dia 9 de setembro, saiu essa lista com os filmes pré-selecionados:
...
- A Casa de Alice, de Chico Teixera
- A Via Láctea, de Lina Chamie
- Chega de Saudade, de Laís Bodanski
- Era Uma Vez..., de Breno Silveira
- Estômago, de Marcos Jorge
- Meu Nome Não é Johnny, de Mauro Lima
- Mutum, de Sandra Kogut
- Nossa Vida Não Cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro
- Olho de Boi, de Hermano Penna
- Onde Andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado
- O Passado, de Hector Babenco
- Os Desafinados, de Walter Lima Júnior
- O Signo da Cidade, de Carlos Alberto Riccelli
- Última Parada 174, de Bruno Barreto
...
(E no dia 16 de setembro, foi anunciado o longa-metragem que representará o Brasil na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009: Última Parada 174.)
...
Envergonhado, confesso que não assisti a nenhum dos longas-metragens. Porém, conheço 11 dos 14 títulos; e, a partir das informações que possuo, não acredito que esteja em uma posição muito desapropriada para tratar do tema.
___________________________
Isso (com exceção do pequeno parágrafo entre parênteses) e mais duas páginas e meia de texto era o que seria minha próxima postagem. Desisti dela. Resolvi fazer algo mais interessante, desafiador, íntegro e sem a visível hipocrisia presente no parágrafo acima – não acredito que o escrevi; vai contra os meus ideais.
...
Eis o que farei: assistirei a todos os filmes da lista e comentarei sobre quais seriam suas chances de conseguirem a indicação ao Oscar. Tendo-os assistido, poderei falar sobre seu conteúdo sem o peso da consciência culpada. Daí, poderei dizer se o júri brasileiro escolheu o filme certo para tentar uma estatueta.
...
Cada filme renderá uma postagem própria (a não ser que eu assista mais de um filme em um dia). Com isso, assim como disse que pretendia fazer uma série sob o título de 'Interpretação' para meus textos interpretativos, aqui pretendo fazer um série para esses comentários dos filmes sob o título de 'OMFE, Parte I: Pré-seleção de longas brasileiros' - [para quem não percebeu, OMFE é sigla de 'Oscar de Melhor Filme Estrangeiro']. E já aviso que seguirei com essa série até depois do anúncio dos 9 pré-indicados oficiais da Academia, partindo, então, para a Parte II; e finalizando com a Parte III, quando a seleção final dos 5 indicados for anunciada dia 22 de janeiro (juntamente com todos os indicados da premiação, o que dará fruto para diversas postagens sobre o assunto).

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

E o Carro? - Por Iporã Possantti

 Eu vejo da janela da minha sala, em dias sem nuvens no céu e pouca humidade, a cidade de Porto Alegre coberta por uma névoa fina e escura, que forma uma espécie de "cúpula" sobre o conjunto de edificações humanas. Essa fumaça é a poluição atmosférica, uma mistura de gases tóxicos ao ser humano, principalmente dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO), também conhecida por "Smog".
Quem mora em Porto Alegre, fique feliz pois a nossa querida cidade é a capital mais arborizada (ou seja, tem mais árvores) do Brasil. Mas mesmo assim continua lá, o Smog. E ele está crescendo.


As metrópoles industriais do mundo inteiro sufocam.

O Smog é gerado pelos resíduos expelidos pelas indústrias e, principalmente, pelos automóveis. Pela manhã, quando espero o meu ônibus, eu observo os carros passando em direção ao Centro. É impressionante, pois a cada 10 carros que passam apressadamente por mim, apenas 1 deles está com mais de um assento ocupado -  os outros nove (90%) só portavam seu motorista. Isso é significativo. O automóvel está se tornando absolutamente individual. Toneladas de lata e parafusos para um simples humano. Se todos os seres do planeta possuirem um automóvel, serão 6,6 bilhões de carros. Consegue imaginar? Agora considere que as pessoas troquem de carro uma vez por ano. A quantidade de lixo metálico vai ser sem precedentes. 
A cultura de comprar automóveis e de vender o último e adquirir um novo é um problema mundial. São os automóveis, junto com seus motoristas ignorantes que ajudam a transformar as cidades industriais em um caos. Não adianta alargar as avenidas, logo estarão entupidas de carros. Os "engarrafamentos" são extremamente comuns nos centros urbanos. 


Os automóveis à combustão vão muito além de transporte. São vistos como "Status" e usados para exibicionismo.

A Humanidade têm se aglomerado de maneira acelerada nos últimos 200 anos. A indústria, impulsionada pelo capitalismo financeiro, fez que contingentes enormes de pessoas migrassem do interior para a cidade em busca de expectativa de vida.
As fábricas possibilitaram todos os tipos de negócios ao seu redor e as cidades até hoje continuam a crescer. Os meios de produção, concentrados da maneira que estão é que mantêm as cidades; sem eles reunidos nos centros capitalistas, nós teríamos uma vista diferente do mundo. 
A população precisa dos meios de produção, logo está sujeita a morar nesses centros econômicos. Para chegar ao seu local de trabalho, milhares de pessoas deslocam-se por dia de seus bairros residencias. Muitas vezes, para ficar mais próximos do Centro, elas "empilham-se" dentro de cubículos dentro de blocos e prédios onde a qualidade de vida é degradante.


Resultado da Revolução Industrial: um "formigueiro" humano.

 A poluição do ar, junto com a do som e da visão transformam a cidade em um lugar estressante mesmo estando parado. Enquanto aquelas classes afastadas, que migram para as jornadas de trabalho diárias, enfrentam um grande desafio: o Trânsito.

 
A grande ironia é que a maioria dos carros no trânsito transportam apenas seu motorista.

Os carros à combustão são os maires contribuidores para a maior ameaça à espécie humana: o aquecimento global. As Corporações do Petróleo descobriram uma maneira de fazer dinheiro e, de quebra, extinguir a nossa espécie. São os carros que, em um ritmo muito avançado, destroem centenas de ecossistemas, alteram os bioclimas, derrubam cidades, causam guerras, doenças e todas as conseqüencias do excesso de Carbono na atmosfera. Além dos efeitos internos, como alta mortalidade nos acidentes de trânsito. 

O aquecimento da biosfera é inquestionável e está mostrando suas conseqüências em todo o globo. Por exemplo: com maior índice de evaporação dos oceanos, os furacões e catástrofes como o "Katrina" têm aumentado cada vez mais. Lagos enormes no continente Africano e Asiático secaram completamente. Se as geleiras continuarem a derreter nas montanhas do mundo todo, milhares de rios irão secar. O nível do mar já inundou ilhas do Oceano Pacífico, fazendo suas populações migrarem para a Nova Zelândia. A fome provavelmente irá aumentar com o aquecimento. Sinto informar, mas a "Era das Conseqüências" começou faz muito tempo. 


O Furacão Katrina é um exemplo das catástrofes causadas pelo aquecimento global.
 
A área ocupada por um carro é um terço da área de um ônibus. Um carro comporta no máximo 5 pessoas, suponha que um ônibus leva confortavelmente cerca de 30 pessoas sentadas (na verdade são 45). Experimente retirar 30 pessoas de seus amados automóveis e coloque-as dentro de UM ônibus. Sobrará espaço no trânsito para mais SEIS ônibus, ou seja, para mais 180 pessoas sentadas. Os transportes coletivos disponíveis a nós como os Ônibus e Lotação resolvem em muito a questão do trânsito e da poluição, por isso, dê preferência a eles.

Dê prefêrencia aos Ônibus e Lotações: eles ocupam menos espaço em relação aos carros.

Entretanto é preciso um profundo planejamento para possuir uma eficiente rede de trasportes. O primeiro quesito é a supremacia do transporte coletivo. O segundo é como estes vão interagir uns com os outros. Um sistema de Capilares é o ideal. Como o sistema sanguíneo, os transportes coletivos podem se dividir em: 

- curtas distâncias (como entre os bairros de uma cidade) - este exiria pouco gasto de energia e pouca velocidade (bondes circulares, por exemplo);
- médias distâncias (entre as zonas da cidade) - possivelmente os ônibus que conheçemos, porém elétricos;
- e longas distâncias (através da cidade) - trens não poluentes e silenciosos. 


Trens como esse deveriam substituir as grandes avenidas e grandes rodovias

Graças à essas mudanças, a necessidade de aglomeração urbana perderia completamente o sentido. Muitas ruas podem deixar simplesmente de existir e transformar-se em área pública voltada para o lazer e arborização. Com um sistema de Capilares eficiente e  uso generalizado de bicicletas, é provavel que eu não veja mais o Smog da janela da minha sala. 



domingo, 12 de outubro de 2008

Interpretação: Antes do Baile Verde


Eis uma análise que fiz sobre o conto Antes do Baile Verde, da escritora Lygia Fagundes Telles. Esta é a primeira postagem do que pretendo transformar em uma série sob o título de 'Interpretação'. (recomendo que leiam este artigo após a leitura do conto)

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Aqui, Lygia Fagundes Telles descreve a conversa entre duas mulheres, uma branca e uma negra, que se preparam para uma noite carnaval intitulada Baile Verde. Demora um pouco, mas logo constatamos que uma (a negra) é empregada da outra.
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Mas as duas não aparentam ter uma relação de mera formalidade (entre patrão e empregado), mostram-se amigas. Eis então que a patroa, chamada Tatisa, está preocupada em terminar de colar as lantejoulas na sua fantasia. Logo, pede a ajuda da empregada, Lu - que por sua vez diz se preocupar em deixar o marido Raimundo bravo com sua demora.
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Conversa vai, conversa vem, e ficamos sabendo que o pai de Tatisa está muito doente, aliás, em seus últimos dias. E da metade do conto para o fim, as duas mulheres ficam nesse assunto.
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Lu diz que o velho não passa dessa noite, mas Tatisa teima em não acreditar. Os diálogos entre as elas ficam desse jeito: Lu se concentra em terminar o vestido da patroa, colando as lantejoulas, e avisando que Raimundo ficará raivoso; Tatisa diz que elas têm tempo, e a cada fala, enquanto Lu tenta descontrair a si e à patroa, falando sobre o carnaval passado (que Tatisa não pôde ir), ela comenta sobre o pai, dizendo que Lu tem de estar errada a respeito da saúde do velho.
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Além disso, não há muito a ser dito. A não ser a insistência de Tatisa em pedir que Lu fique com seu pai esta noite, mas Lu diz que jamais perderia o Baile Verde – nem para ficar com o próprio pai.
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O que pode ser concluído? Não tenho certeza. Provavelmente muito mais do que o conto aparenta nos dizer. Minha resolução é que se trata de uma crítica ao comodismo da vida dos mais abastados da sociedade. Pois a autora constrói as falas das duas personagens de modo a mostrar que Tatisa é muito mais frágil que Lu. Percebe-se isso quando o assunto do pai entra em jogo. Lu diz que passou no quarto do velho, e afirma que ele não passará daquela noite; já Tatisa reclama dizendo que não. E não apenas diz que não, ela, a cada fala, quando Lu já tinha até passado a conversa adiante, ela volta atrás, falando que Lu só poderia estar errada. Isso demonstra a fraqueza emocional de Tatisa.
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Outros dois fatos interessantes, e relevantes, a serem notados são:
Primeiro - Tatisa não ter ido ao último carnaval, afirmando ter estado doente na ocasião. Talvez seja por isso que ela insista tanto para Lu ficar com seu pai – e conseqüentemente perder o Baile Verde. Uma atitude retardada de vingança (inveja seria um termo melhor). O que prova sua imaturidade como pessoa.
Segundo – Lu comentar, com vigor, que não perderia o baile nem pelo próprio pai.
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Esses dois fatos reforçam minha teoria sobre real intenção da autora neste conto.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Hipocrisia do Político

Um complemento a 'Sr. Presidente, Sr. Oligarca', de Iporã Possantti.

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Confesso que, por (quase) puro preconceito, sempre desconsiderei Lula como um político a ser levado a sério - isso durante muito tempo. Já deixo claro: não sou partidário das políticas socialistas, comunistas e afins; todavia, não era esse o motivo principal que não me levava a crer na possível figura de um Lula Presidente da República. Não; uma vez que sua proposta de plano de governo não era de tal natureza, ainda que proveniente de um partido da mesma. O que eu não conseguia admitir era o fato de um sujeito que mal sabia pronunciar o português - e problemas de dicção não sendo a causa disso - tomar posse do maior cargo político da nação.
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(Em nome da ética, informo-lhes a verdadeira imagem que eu tinha de Lula. Eu poderia muito bem esconder isso, mas quero que quem lei saiba esse texto exatamente o que pensei e o que penso agora.)
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Anos passaram; amadureço e realizo que Lula também amadureceu. Passou a falar mais corretamente e comentar de forma mais concisa. Meu preconceito sobre ele não existe mais.
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Porém, devido a solicitação de tais ‘privilégios vitalícios’ citados no texto ‘Sr. Presidente, Sr. Oligarca’ – em que Iporã pontua muito bem a hipocrisia dos mesmos -, passo a ver Lula de duas maneiras: um hipócrita, ao ir contra seus verdadeiros ideais políticos; ou um fantoche de Tarso Genro. Das duas uma. (Aliás, independente de gostar ou não de Lula - pelos mais diversos motivos - muito pior que ele é Tarso Genro. Ainda farei um texto concretizando meu ponto de vista a respeito desse político que, de forma extremamente errônea, foi nomeado Ministro da Justiça.)
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Agora o preconceito que eu tinha a respeito de Lula está voltando. Não... Não, não. Agora não é preconceito.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Tirando o pó. Propaganda de filme.

AN INCONVENIENT TRUTH


Um excelente filme. Recomendável para todos. :)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sr. Presidente, Sr. Oligarca - por Iporã Possantti

O inciso IV do artigo nº 84 da Constituição da República Federativa do Brasil prevê o seguinte:

"Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
IV- sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;"

Ou seja: o Presidente pode, através de Decreto, regulamentar uma Lei, nunca, entretanto, inová-la (extrapolar, legislar sozinho). Sob pena de O Senado cassá-la.

Pois, o Presidente Lula, juntamente com seu Ministro da Justiça Tarso Genro, regulamentou no dia  27 de Fevereiro de 2008 uma Lei (nº 7474 de 1986) que estabelece os direitos pós-mandato dos Presidentes da República.

O Decreto revogou o antigo (nº 1347 de 1994), feito no Governo Neo-Liberal de Itamar Franco, porém, além disso, INOVOU. Legislando sozinho.

Eis o Artigo 1º ("o recheio do bolo") :

"o Presidente da República (...) DECRETA:
Art.1º Findo o Mandato do Presidente da República, quem o houver exercido, em caráter permanente, terá direito:

I- aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;

II- a dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e

III- ao assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nivel 5. "

O Presidente da República, no dia 27 de Fevereiro, garantiu privilégios vitalícios para si e seu patrimônio. 

O Decreto anterior  previa MENOS privilégios. Já o novo, inclui mais um veículo e seu motorista e "os dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nivel 5" - gente da pesada do Executivo.  

Fico imaginando o "império financeiro" que o nosso Presidente deve ter para tirar esse "petisco" do Governo Federal.         

E o mais interessante é que a mesma pessoa foi, no passado, um político subversivo e oposicionista. Contra toda a máquina burocrática e burguesa que é o Estado.    

                          
                       Sr. Presidente, Sr. Oligarca.

sábado, 13 de setembro de 2008

Idiots Are Taking Over - NOFX (por Iporã Possantti)














Foto: NOFX na fase antiga anos 80-90

Acho de muito interesse postar esse link da Música, a Letra e Letra Traduzida.
Aos que gostam de pensar, agradeceria muito que a interpretassem e refletissem.

IDIOTS ARE TAKING OVER - NOFX

http://www.youtube.com/watch?v=TOPJ90FRZHI

It's not the right time to be sober
now the idiots have taken over
spreading like a social cancer, is there an answer?

Mensa membership exceeding
tell me why and how are all the stupid people breeding
Watson, it's really elementary
the industrial revolution has flipped the bitch on evolution
he benevolent and wise are being thwarted, ostracized, what a bummer
the world keeps getting dumber
insensitivity is standard and faith is being fancied over reason

Darwin's rollin over in his coffin
the fittest are surviving much less often
now everything seems to be reversing, and it's worsening
someone flopped a steamer in the gene pool
now angry mob mentality's no longer the exception, it's the rule
and im startin to feel a lot like charlton heston
stranded on a primate planet
apes and orangutans that ran it to the ground
with generals and the armies that obeyed them
followers following fables
philosophies that enable them to rule without regard

There's no point for democracy when ignorance is celebrated
political scientists get the same one vote as some Arkansas inbred
majority rule, don't work in mental institutions
sometimes the smallest softest voice carries the grand biggest solutions

what are we left with?
a nation of god-fearing pregnant nationalists
who feel it's their duty to populate the homeland
pass on tradition
show to get ahead religions

And prosperity via simpleton culture

the idiots are takin over

Tradução:

Não é a época certa para se estar sóbrio
Agora os idiotas estão tomando conta
Se espalhando como um câncer social, será que há uma resposta?

Se excedendo o número máximo de membros
Me diga como e por que todas as pessoas idiotas estão se reproduzindo
Watson, é realmente elementar
A revolução industrial mudou toda a evolução
Os espertos e astutos estão sendo aquietados, caçados
Que besteira o mundo continua ficando mais idiota
Insensitividade é um padrão
E fé está sendo colocada acima da razão

Darvin está rolando em seu caixão
Os mais evoluidos estão sobrevivendo com muito menos freqüência
Agora tudo parece estar se revertendo
E está piorando alguém mudou um cromossomo nos genes
Agora mentalidade enraivecida não é mais exceção
É maioria
E estou comecando a me sentir como charlton heston
Preso num planeta dos macacos
Macacos e orangutangos que mandavam
Com generais e exércitos que os obedeciam
Seguidores seguindo fábulas
Filosofias que os possibilitavam mandar
Sem nenhuma consideração

Não há motivos em se ter uma democracia, quando a ignorância é celebrada
Cientistas políticos acreditam no mesmo valor de cada Voto,
Acho que alguns macacos acabam se formando
Maioria manda, não trabalhe em instituições mentais
As vezes a menor e mais doce voz carrega as incríveis e grandes soluções

O que nos resta?
Uma nação de nacionalistas grávidos temendo a deus
Que acham que é sua tarefa popular sua terra natal
Passar suas tradições adiante
Religiões de como-ir-em-frente

E fazer prosperar a cultura sem símbolos

Os idiotas estão tomando conta

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Mediocridade pouca é bobagem.

Hoje tive um dos melhores dias letivos do ano. Não pelo conteúdo técnico, mas pelo conteúdo humano. Venho confirmar hoje algo que eu já sabia há algum tempo: a turma em que eu estudo no colégio não é lá das melhores, para não dizer que é uma merda.

A hipocrisia é superada apenas pela mediocridade de seres tão pusilânimes naquele antro repugnante de miséria e falta de respeito. Na hora de ouvir uma mijada homérica, tudo bem! Na hora de calar a boca...? Ninguém se manifestou, aliás, todos se manifestaram, o que era justamente o objeto da mijada. Professores ficam, à minha ótica, visivelmente descontentes com a minha turma, pois a única relação "professor-aluno" que se estabelece é uma mera e hipócrita relação fora de aula - como uma conversa boba - ao passo que ninguém respeita o trabalho deste mesmo professor, impedindo - o de exercer sua profissão.

Os alunos querem transformar o conhecimento do professor em apenas mais um mero recreio. Conversa vai, conversa vem... E o interesse? Tudo bem que nem todo conhecimento que adquirimos no colégio será utilizado durante toda nossa vida, mas respeitar o trabalho das outras pessoas é o mínimo que podemos fazer. Isso tem nome: hipocrisia. Hipocrisia, pois as mesmas pessoas que desmerecem o trabalho de tais profissionais são exatamente os mesmos que acusam os grupinhos rivais de serem desrespeitosos.

Já falei sobre a hipocrisia, mas falei pouco. Afinal, essa rivalidade estabelecida entre gurpos tão parecidos é devida a quê? É difícil de dizer; talvez uma diferença ideológica, nada mais. É um prazer dizer que somos melhores que a entidade formada pela "turma de baixo", mas na realidade, o que somos nós? "Quem somos nós?" Não que eles sejam superiores, pois partindo dum pressuposto que a única diferença entre nós é ideológica, a hipocrisia vigora igualmente, pois odiamos uns nos outros o que fazemos. "Eles bebem!" - grita um. Quer dizer então que ninguém bebe? "Mas eles fumam!" - exclama um outro. Pois é. Como se nenhum conhecido meu (que saberão se acusar ao lerem esse texto) fumasse. "Mas eles gostam de futebol!" - reclama um terceiro. Mas, novamente, eles e mais metade do mundo, inclusive eu, que não sofro nenhuma manifestação negativa nesse antro nojoso já referido. E, além de tudo, não podemos odiar a torcida do mengão inteira, né?!

Essa mísera diferença ideolóica - a qual não consigo exatamente diferenciar - é motivo o suficiente para "fechar o pau" a qualquer encontro desses dois grupos. É uma aula de Ecologia prática! Pena que muitos que lerem esse quadro não identificarão, pois conversavam em aula... (:/).
PRONTO. Finalizei sobre a hiporcisia.

Agora.... Que tal a mediocridade?
Indo aos conceitos mais toscos de mediocridade, na pior das hipóteses, eles estão PAGANDO para ter aula, então, porque não têm aula em vez de conversar? Aí pode-se notar a participação dum equivalente à uma constante matemática influindo numa relação, mas eles não entenderiam de novo, pois na aula dupla de matemática, os que não dormiam, conversavam. Mas me parece que a estupidez, multiplicada pela falta de respeito e mediocridade se dá numa relação mais ou menos assim:
E = m.c²

Onde a estupidez é igual à mediocridade multiplicada pelo quadrado da cretinice. Não entendeu? Então cala a boca PELO MENOS NA AULA DE FÍSICA. Pelo menos, mostrai um mínimo de consideração pelo professor homenageado o qual foi humilhado pelas pessoas que o botaram em tal nobre condição.

Agora, minha opinião: Se eu fosse representar uma turma tal, como professor homenageado, e me fizessem uma desfeita dessas, querem saber com que vontade eu iria receber as honras??
Melhor que nem saibam mesmo.


Mas nem tudo é silêncio no corredor dos mortos. Notícias boas? Vos trago amanhã.
Enquanto isso, deixo-vos aquele grande abraço.
Atenciosamente, O Homem Bom.

domingo, 7 de setembro de 2008

"Reciclar é legal" - por Iporã Possantti


Suponha que o embrulho plástico da bala de café que você tanto gosta caia no chão. Na sarjeta ele permanece, até que um pé de vento o leve para passear pela cidade - fazer um "tour". Bem, nem é preciso dizer que a diversão acaba assim que vem a primeira chuva. Os homens criaram complexos sistemas de escoamento para que a água, quando cai do céu, não destrua suas vidas, portanto o nosso embrulho parte em uma sombria jornada pelos canos de esgoto.


Entretanto, como Newton já dizia, tudo tende a ir de encontro ao centro do planeta. Uma aceleração chamada gravidade faz com que esta massa líquida que transporta nosso embrulho flua, ande, se desloque para o nivel mais próximo possivel desse centro poderoso: o nível do Mar. É bem fácil: no primeiro riacho, dois tempos já está em um manancial (o Guaíba, por exemplo!) e logo lá está o embrulho dançando entre as ondas do Oceano.


Agora pense: QUANTOS MALDITOS EMBRULHOS DE BALA DE CAFÉ têm o mesmo destino no Planeta Terra?


Pensou? Muito bem, vamos continuar a odisséia.


Os Oceanos, devido à uma série de fatores, criam uma complexa rede de correntes marítmas. O nosso embrulho, naturalmente, vai pegar carona na primeira que avistar. Existe um Oceano, chamado oceano Pacífico, que ocupa praticamente um hemisfério do planeta, é muito provável que o embrulho vá parar por aquelas bandas. Noventa e cinco por cento provável, considero. Contudo, o mais interressante é que esse Oceano, por ser tão grande, possui redemoinhos gigantes de correntes marítmas, conhecidos por "Giros". São massas de água ocupando áreas enormes que, ipulcionadas pelas correntes, fazem um movimento circular em grande escala, por isso, imperceptível ao homem. Resumindo: o nosso embrulho está agora em uma cilada. Não há como escapar, ele vai parar no "Giro".


Ao chegar lá, começa o carrosel. Um lento e contínuo movimento. Eterno movimento. Mas sozinho ele não vai estar. Lembra dos outros embrulhos? Pois bem, eles também vão brincar de cirandinha no Oceano Pacífico. O embrulhos junto com mais MILHARES DE TONELADAS de outras categorias de plásticos. Com o tempo, os componentes químicos do Mar os degrada, e eles ficam microscópicos. Melhor, assim ninguém mais ve, não incomoda ninguém! - você deve ter pensado. Mas não. Aí que a situação se complica.


Análises comprovaram a densidade de 5 polímeros (materia plástica) para 1 grama de plâncton nas águas infestadas de lixo plástico.

Os seres microscópicos começam a ter plástico em seus tecidos e, para quem estudou biologia, isso é uma catástrofe ecológica. O plástico sobe as cadeias alimentares e no peixinho que a sua empregada fará hoje no alçomo, haverá a matéria prima do embrulho da sua bala de café preferida. Sem falar nas mutações e mortalidade em massa de diversas espécies.



Um navegador passou uma semana a ver plástico antes de ultrapassar a "mancha de plástico" no Oceano Pacífico, que pode ser vista até do espaço.




Por isso, recicle seu plástico.




sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Boas e vamos à luta!

Boas.

Por meio desta, inicio minhas manifestafestações neste espaço.

Hoje, sexta de chuva.
Estou novamente resfriado, grande parte culpa dos meus colegas:
gostam de respirar aquele ar infectado e doentio que todos os outros já respiraram e contaminaram com suas bactérias. Ok que foi uma seqüência de azar: meu anti-alérgico acabou no exato dia em que recomeçou o frio (outra vez não!), mas que eles contribuíram, aaaah contribuíram.
Por causa desse ocorrido, estou pensando em simular alguma doença altamente contagiosa, como mononucleose, para ver se algum bom cidadão - com uma noção social minimamente razoável - entenda minha claustrofobia e meu atual estdo de saúde e renuncie a míseros 1ºC de temperatura da sala de aula para que esta alma não precise passar por mais uma semana de gripe.
Agradeço aos Deuses que são apenas mais 3 meses de inferno.

No mais é só, pessoal.
Um grande abraço a meus assíduos leitores.

O Homem Bom.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Falta de respeito à literatura = Atentado ao cinema; Ex: Eragon - O Filme

Christopher Paolini escreveu e publicou Eragon enquanto adolescente. Fez o sucesso digno de uma boa obra de fantasia. Não tardaram a aparecer ofertas de estúdios de cinema para comprar os direitos de adaptação. Emocionado com o sucesso precoce e, muito talvez, inesperado, Paolini vendeu os direitos. Ficou na expectativa de assistir ao filme baseado na sua história. Assistiu. Depois disso não sei, mas imagino que chorou, exclamou e gritou. Não por emoção... e sim por indignação.
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Eragon poderia ser um Senhor dos Anéis. Não precisaria de Peter Jackson na direção e no roteiro. Também era desnecessário o mesmo compositor e equipe de produção. Sim, o estúdio e o produtor sabiam disso. E acharam um 'ótimo' meio de fazer o filme: contrataram Stefan Fangmeier, um diretor estreante! Não é genial?
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Claro que não! Tudo bem, mas quem sabe o diretor pudesse ser um fã da história?... E não um idiota que conseguisse destruir um mundo mágico inspirado no maior clássico de fantasia da literatura e no maior clássico de ficção-científica do cinema (respectivamente: O Senhor dos Anéis e Guerra nas Estrelas). Foi a primeira vez que quis sair antes do fim da sessão.
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O filme é ruim por diversos meios.
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1. É uma péssima adaptação. Um livro maior que 400 páginas não pode ser comprimido em menos de duas horas de projeção (notem que Eragon tem somente 100 minutos). O roteiro não chega a ter 30% de fidelidade ao livro. Os primeiros 10 minutos são palpáveis, porém, a partir daí, o enredo é totalmente remodelado e foge de tudo que Paolini criou em seu livro de estréia. E como não poderia deixar de fazer, o roteiro manipulado destruiu todas possíveis chances de se fazer uma continuação. Todos os ganchos que Paolini deixou no livro para a história seguir linear, criativa e intrigantemente no segundo capítulo de sua Trilogia da Herança foram apagados completamente pelo ignorante roteirista (aliás, ignorantes, visto que foi quatro o número de roteiristas: Peter Buchman, Mark Rosenthal, Jesse Wigutow e Lawrence Konner – uma prática que quase sempre dá errado). Mas é claro que isso já não era o suficiente, faltava ainda fazer a história parecer um tremendo plágio de uma das duas maiores fontes de admiração de Paolini: Guerra nas Estrelas - coisa que o livro não faz.
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2. Atores. Eu não tenho muito que dizer. Não sei o que Jeremy Irons e John Malkovich foram fazer lá. Este último eu achei patético como o vilão Galbatorix. Irons é a única coisa boa vindo dos humanos que trabalharam frente às câmeras (aqui não conta Rachel Weiss, que fez um belíssimo trabalho, mas como a 'voz' de Saphira).
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3. Produção. Agora faço um parêntese: não li nenhum livro da série Harry Potter - e talvez por isso tenha gostado tanto dos filmes - mas convenhamos que esses são, pelo menos, uns caprichos de produção. Nem isso o filme do Eragon consegue fazer. Tem uma que outra locação bonita (e neste caso, os cenários são naturais). A direção de arte, também feita à quatro, é nula; os figurinos de Kym Barret e Carlo Poggioli são panos coloridos que os atores vestem; a fotografia de Hugh Johnson é raramente não ruim; a única coisa que se salva na produção do filme é o dragão (provavelmente por que é exatamente a visão que 'eu' imaginei; talvez isso tenha me influenciado em um julgamento leviano – mas a qualidade técnica de animação do dragão é fantástica), porém, os outros efeitos visuais do longa-metragem são apenas razoáveis. Outro detalhe que é exceção é a ótima trilha sonora de Patrick Doyle.
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4. Diretor. O que comentar? Já fiz isso no início do texto. Mas talvez, com um pouco de pena, eu tire parte de sua culpa para atribuí-la aos produtores John Davis, Wyck Godfrey e Alan Goodman - que tinham a obrigação de saber que um diretor não pode estrear numa produção dessas. Esse tipo de gente devia ser exonerado da Sétima Arte.
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Na hora de transformar um livro em filme, deve-se respeitar a integridade criativa e ideológica da obra que está sendo adaptada. Não cumprindo com isso, está-se desrespeitando o trabalho original e prejudicando o adaptado. Eragon - O Filme é um exemplo perfeito disso: um filme ruim. Aí está um dos problemas dessa falta de respeito à literatura que se encontra hoje.